Matheus Miranda
No país do futebol, dono da maior quantidade de títulos de Copa do Mundo no uniforme e com a galeria de talentos que atravessa gerações, um dos grandes sonhos da garotada em cada canto do Brasil, nesse sentido, é o de se tornar atleta profissional do maior esporte do planeta.
Com a disputa do Mundial do Qatar neste mês de dezembro em todos os dias da semana, a motivação, naturalmente, se intensifica com a oportunidade de acompanhar os ídolos desfilando qualidade no gramado com a camisa de suas respectivas seleções. Daqui a alguns anos, para alguns alunos que estão trilhando passos rumo ao sonho da profissionalização, o desejo é de poder defender a amarelinha com a mesma pegada e determinação em competições internacionais.
Em Belém, jovens promissores da Escolinha do Flamengo usam as partidas na televisão como inspiração ao buscar o tão falado ‘algo a mais’, entoado pelos profissionais da dupla Re-Pa, como gás. Davi Diniz, de 13 anos, possui articulação no gramado e na oratória ao falar sobre a sua projeção no esporte.
“Tenho esse sonho desde os meus 6 anos, quando conheci o futebol. Me apaixonei de primeira. Sempre pedia pra minha mãe me colocar numa escolinha, na época não tinha condições, mas depois os meus conseguiram empregos e ficou tudo bonitinho e entrei na escolinha. Acho que Deus me deu um dom. Essa escolinha é excepcional, ótimos professores, evoluí muito e aprendi habilidades”, explica.
Fã de Neymar Júnior, craque brasileiro e camisa 10 do Brasil e do PSG, o jovem, com personalidade de sobra, ponderou. “O Neymar volta para a Copa do Mundo para sermos campeões. Sem ele acho que o time não ganha”, aponta o jovem com discurso de gente grande.
TIME DO CORAÇÃO
O charme da Copa do Mundo, evento único, porém, não é o único vislumbre da leva de promissores talentos do futebol local. Defender o time do coração, também, é um diferencial. Para Ryan Barbosa, de 13 anos, a cor azul-marinho é um dos seus focos.
“Quero muito ser profissional um dia. Me esforço todos os dias e vejo que na Escolinha do Flamengo eu melhoro a cada dia. Tenho o meu time do coração, o Remo, e espero jogar lá”, destaca o garoto, que se baseia em um ‘xerifão’ na busca pela meta. “Gosto muito do Sérgio Ramos. Sou da defesa, mas gosto de fazer gols também, assim como ele”, diz Ryan.
Lendas e novos craques são espelhos
Para o fã de futebol, a Copa do Mundo é o ápice do esporte, com a oportunidade de acompanhar a história a cada jogo e com a presença de ídolos de gerações diferentes. Cada um deles, desse modo, é uma fonte de motivação na tentativa de galgar passos no mundo futebolístico. Gabriel Cardoso, de 13 anos, tímido com as palavras, mas arrojado com a bola no pé, destaca o perfil de uma lenda do futebol para tentar se profissionalizar no futuro. “Gosto do Messi, sou fã. Do jeito que ele constrói o jogo. Ele é pequeno, mas é o melhor jogador. Eu espero jogar que nem ele um dia”, diz o jovem.
Enzo Gabriel, 14 anos, já tem a sua preferência voltada pela ginga brasileira através da ‘ousadia e alegria’ da nova geração como espelho para rumar ao futebol profissional. Nesse ponto, o seu ídolo é alguém que tem todas essas características.
“Meu sonho é ser jogador de futebol. Treino para ver se um dia chego lá. Confio muito no meu talento. Quero ser igual ao Vinícius Júnior, meu maior ídolo. Ele leva a bola, dribla, faz gol. Já ganhou uma Champions League. Ele é inspiração para todos e chegou com trabalho duro na seleção”, aponta. Vinícius Júnior é um dos atletas da nova geração a ter atingido o sucesso nas quatro linhas após se destacar na Escola do Flamengo do Rio de Janeiro.