Tylon Maués
Com a chegada do zagueiro colombiano Oswaldo Bocanegra, que desembarcou na madrugada desta quarta-feira, dia 4, o atual elenco do Paysandu está completo em Belém. Será o grupo bicolor com a maior quantidade de estrangeiros desde os primeiros anos do clube, quando havia jogadores britânicos, como a maioria das agremiações centenárias no país. Além de Bocanegra, a Curuzu tem ainda o volante paraguaio Jorge Jiménez e o meia venezuelano Robert Hernández, sem contar Andrés d’Agostino, meia venezuelano de 20 anos que está em testes no Papão.
A quantidade de estrangeiros chama atenção, além de fazer com que os bicolores se ajudem na adaptação. Jiménez, que está há cinco anos no país, estava em campo no jogo entre Náutico-PE e Paysandu, na Série C de 2019, vencido pelo Timbu, que lhe valeu o acesso para a Segundona.
Ele comenta sobre esse trabalho junto com os companheiros estrangeiros, especialmente com Hernández, que tem a primeira experiência no futebol brasileiro. “Cheguei aqui e me encontrei com dois estrangeiros. O Hernández está pela primeira vez no Brasil, estou ajudando ele na adaptação, no idioma, vai nos ajudar muito no trabalho do dia a dia. E Bocanegra já é conhecido. Passou por vários times grandes, não precisa de adaptação, só se juntar com a gente para conseguir os objetivos do clube”, afirmou Jiménez.
Um dos mais experientes do elenco e uma liderança natural dentro do vestiário, o meia Ricardinho reconhece o papel que desempenha na recepção dos novos companheiros, em geral. “Até por ser mais experiente, por ter essa noção de que quem chega tem que ser bem acolhido e se desenvolver bem, a gente procura conversar. Estou gastando meu portunhol com o Hernández para ajudar ele para que se sinta abraçado e bem no clube. Isso aconteceu comigo quando cheguei e foi importante”, Ricardinho.
O lateral-direito Samuel Santos comentou ontem sobre essa recepção e de nunca ter atuado no Brasil com tantos jogadores de fora. “É a primeira vez que atuo numa equipe do Brasil com tantos estrangeiros, o Jiménez e o Bocanegra estão bem adaptados ao país. O Robert é novato no país e a gente tenta dar suporte. Felizmente, a língua do futebol é universal”.
Samuel lembrou que alguns anos atrás foi ele quem teve que ser acolhido por atletas de um clube de fora do país. “Em 2019 eu estive no futebol japonês (Albirex Nigata) por uma temporada. Não deu para aprender muito bem a língua, mas dentro de campo a gente se comunicava bem. Aqui os estrangeiros não terão dificuldades com essa adaptação”.
BOCANEGRA – Aos 33 anos, Oswaldo José Henríquez Bocanegra vem no futebol brasileiro desde 2016, com uma breve passagem entre 2020 e 2021 em seu país de origem e pelo futebol de Israel. No Brasil, ele atuou pelo Sport-PE, Vasco da Gama-RJ e o último clube foi o Criciúma-SC.
Na Colômbia, o jogador atuou oito temporadas pelo Millonarios, clube onde deu os primeiros passos no futebol. Antes de chegar na Curuzu, Bocanegra disputou a Série B pelo Tigre, onde atuou em onze jogos e marcou um gol.
“É um orgulho e um prazer vestir essa camisa. Espero retribuir com muito trabalho e muita honra dentro de campo toda essa confiança que o clube e a torcida estão depositando em mim”, comentou o zagueiro, em declaração ao canal do clube no YouTube.