A Federação Internacional do Automóvel (FIA) irá permitir que as equipes que participam do Campeonato Mundial de Fórmula 1 em 2025 utilizem ‘ar-condicionado’ para os pilotos. O sistema já foi testado secretamente no ano passado, com pilotos como Fernando Alonso (Aston Martin) e Charles Leclerc (Ferrari), fazendo uso durante as sessões livres do Grande Prêmio do México. O resultado foi positivo.
A tecnologia já é obrigatória nas 24 horas de Le Mans desde 2007 e conhecida pelos atletas do Rally Dakar. Na verdade, trata-se de um sistema de refrigeração desenvolvido pela empresa americana Chillout Motorsport e promete resfriar o corpo durante as corridas mais quentes da temporada.
A ideia de utilizar o sistema na Fórmula 1 surgiu após diversos casos de pilotos passando mal no fim de corridas em lugares conhecidos pelo calor extremo, como Singapura e Catar. Em algumas ocasiões, os pilotos chegam ao ponto de necessitarem de ajuda para saírem dos seus carros.
Assim, o regulamento da categoria em 2025 obrigará o uso do sistema quando a temperatura da pista superar, ou se espera que supere, os 30,5 graus. Normalmente, a temperatura na cabine fica entre 15 e 20 graus acima.
As escuderias serão comunicadas 24 horas antes da corrida ou da Sprint Race, corrida mais curta com limite de uma hora. Por isso, será permitido aumentar o limite de peso do carro de 800 kg para 805 kg, já que o sistema desenvolvido pela Chillout pesa aproximadamente isso.
Quando a temperatura da cabine ultrapassa os 28?°C, a tecnologia absorve até 4,4?°C de excesso de calor, ajudando a resfriar o corpo do piloto. O sistema pesa cerca de 5 kg e possui micro compressor, evaporador e uma unidade de condensação para manter o líquido frio. Tudo isso conectado a uma camiseta que vai por debaixo do macacão, contendo 48 metros de tubos refrigerados costurados, que envolvem o peitoral e as costas do piloto.
Na F1, a temperatura esperada para o funcionamento serão aproximadamente 15?°C. Cada equipe poderá personalizar ao seu gosto, se produzirem o mesmo efeito e utilizem ar, água ou produtor químicos diluídos em água para melhorar a condutividade térmica. No entanto, a Chillout segue sendo a empresa à frente, com experiência na NASCAR, no resfriamento da Fóruma E e outras categorias do automobilismo.
Ainda vale destacar que, em 2026, o sistema passará por mudanças, já que os novos carros contarão com essa ferramenta.
(AG)