O futebol brasileiro teve nesta semana uma marca expressiva: o Flamengo se tornou o primeiro clube do país a alcançar a barreira dos 100 gols em 2025, feito conquistado após a goleada histórica de 8 a 0 sobre o Vitória. O resultado, além de igualar a maior vitória do clube no Brasileirão e estabelecer o placar mais elástico do campeonato desde 1984, reforçou a força ofensiva da equipe carioca, que em 52 partidas mostrou consistência e volume de jogo raros em competições nacionais.
No entanto, quando o olhar se volta para o cenário local, Remo e Paysandu seguem trilhando caminhos distintos e mais desafiadores. O Leão azulino anotou 54 gols em 38 partidas disputadas ao longo de quatro competições, números que poderiam ser ainda melhores se não fosse o excesso de erros de definição em jogos cruciais. O Papão, por sua vez, soma 56 gols em 45 partidas, também espalhadas por cinco competições, mas tem sentido na Série B a dificuldade de transformar volume ofensivo em pontos, algo que o torcedor percebe semana após semana.
A comparação com o desempenho de equipes nacionais de destaque serve mais como referência do que como cobrança direta, mas revela uma realidade que acompanha a dupla paraense. A capacidade de criar oportunidades existe, mas a ineficiência em aproveitá-las acaba pesando em uma competição tão equilibrada quanto a Série B. Em jogos onde pequenos detalhes definem o resultado, a margem de erro se torna determinante. Remo e Paysandu, cada um com seus caminhos, têm produzido, mas ainda carecem da precisão que se exige em contextos de maior competitividade.
Enquanto o Flamengo celebra sua centena de gols, um recorde que reforça a identidade ofensiva do clube, no Pará a reflexão é outra: a necessidade de maior eficácia para que o trabalho das duas principais forças locais se traduza em resultados mais consistentes. A temporada ainda oferece espaço para recuperação e ajustes, mas o recado já foi dado em campo: criar é importante, mas converter é essencial.
Raio-X dos ataques em 2025
Flamengo – 100 gols em 52 jogos
Bahia – 89 gols
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Fluminense – 84 gols
Palmeiras – 83 gols
Atlético-MG – 65 gols
Internacional – 65 gols
Paysandu – 56 gols
Remo – 54 gols
