JULIO WIZIACK
BRASÍLIA, DF, E RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS)
O sonho do Flamengo de ter um estádio para rivalizar com o Maracanã está cada vez mais distante. O plano, embalado pelo presidente do clube, Rodolfo Landim, contava com a ajuda do presidente Jair Bolsonaro, que pediu à presidente da Caixa, Daniella Marques, para viabilizar o projeto.
Mas, segundo pessoas envolvidas na análise das condições econômico-financeiras do empreendimento, o risco é elevado demais e, até o momento, a recomendação interna no banco é deixar o assunto como está: parado.
Landim, que chegou a ser cogitado para assumir a presidência da Petrobras, queria construir o estádio em um terreno que hoje pertence a um fundo imobiliário administrado pela Caixa.
O que se avaliava até o momento era a troca desse terreno por outro a ser cedido pelo Exército como forma de destravar o projeto.
A relação de amizade entre Landim e Bolsonaro levou o presidente a tentar uma saída para esse impasse, ainda segundo envolvidos na operação.
A troca do terreno, entretanto, nem foi o principal empecilho. Para levar o negócio adiante, a Caixa pediu um projeto de viabilidade financeira ao Flamengo, porque parte do projeto envolvia um financiamento do banco que seria lastreado por receitas advindas de jogos no novo estádio, eventos e direitos de transmissão. Tudo isso não parou de pé, ainda segundo os técnicos envolvidos na análise.
Recentemente, Landim tentou com a prefeitura do Rio uma outra área na região do Parque Olímpico, na zona Oeste. Mas o prefeito Eduardo Paes avisou que a área é privada.
Consultados diretamente, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e a presidente da Caixa, Daniella Marques, não responderam.
Por meio de sua assessoria, a prefeitura afirmou que “continua à disposição do Flamengo para ajudá-lo” naquilo que for “de sua competência”. A Caixa, também via assessoria, disse que segue avaliando o negócio. O Flamengo informou que a operação é privada e, por isso, não quis comentar.