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Fifa investiga jogador argentino por cantos racistas

O Chelsea, clube de Enzo Fernández, autor do vídeo, também comunicou a instauração de um procedimento disciplinar interno contra o jogador,
O Chelsea, clube de Enzo Fernández, autor do vídeo, também comunicou a instauração de um procedimento disciplinar interno contra o jogador,

RIO (AG) – A Fifa anunciou nesta quarta-feira a abertura de uma investigação sobre os cantos racistas de jogadores argentinos contra a seleção francesa durante as comemorações da equipe no ônibus, em Miami (EUA), após a conquista do título da Copa América, na madrugada da última segunda-feira, após vitória sobre a Colômbia. Com a repercussão internacional negativa do vídeo, Julio Garro, subsecretário de esportes do governo de Javier Milei, demandou um pedido de desculpas de Lionel Messi e da Associação de Futebol da Argentina (AFA).

– O capitão da seleção nacional (Messi) deve pedir desculpas. O mesmo que o presidente da AFA (Claudio Tapia). Isso nos deixa, como país, em uma situação ruim depois de tantas glórias – afirmou o subsecretário de Esportes ao portal Corta.

O Chelsea, clube de Enzo Fernández, autor do vídeo, também comunicou a instauração de um procedimento disciplinar interno contra o jogador, que transmitia a comemoração e encerrou a gravação quando começaram a cantar a infame música que surgiu na Copa do Mundo de 2022, por torcedores.

Para o advogado desportivo Bruno Duarte, a mobilização das autoridades francesas – tanto a Federação de Futebol quanto o Ministério de Esportes condenaram e pediram punição da equipe – pode ser um diferencial para esse caso:

– A pressão das autoridades francesas, buscando com que a Fifa tenha um posicionamento mais enérgico e contundente, deve trazer novos rumos para a pauta.

Mesmo não ocorrendo dentro de campo ou nos arredores do estádio, o caso pode ser levado adiante pela entidade devido à recente política de “tolerância zero”, adicionada no Código Disciplinar da Fifa.

– Embora o foco principal das sanções objetive o alcance direto nas partidas, como suspensão ou banimento, por exemplo, ocorrências de cunho racista e discriminatórios podem ser passíveis de punição ainda que fora do ambiente de jogo – disse a também especialista em direito desportivo Ana Mizutori.

Texto de: Arthur Falcão