Bola

Expulsões atrapalham a vida do Paysandu na Série B

Nildo Lima

A marca não é nada positiva: o Paysandu acumula mais expulsões do que gols na Série B do Brasileiro. O placar a favor dos “vermelhinhos” é de 4 a 3. Só na partida de anteontem, contra o Goiás-GO, o Papão teve dois atletas “premiados” com expulsões: o lateral-direito Edilson, após cometer falta em Rafael Gava, e o meia Val Soares, que estava no banco por reclamação. Os dois jogadores se juntaram ao lateral-esquerdo Bryan Borges e ao zagueiro Quintana, que haviam sido excluídos de campo nos jogos contra o Botafogo-SP e Avaí-SC, pela 2ª e 3ª rodadas do campeonato, respectivamente.

As duas primeiras expulsões no Brasileiro chegaram a provocar uma reunião do comandante do elenco, Hélio dos Anjos, e da diretoria com os jogadores, que receberam o pedido para tentar evitar novos cartões vermelhos. A recomendação até pareceu ter surtido efeito, já que no jogo da 4ª rodada, contra o Mirassol-SP, na casa do adversário, a equipe bicolor foi até além do solicitado e deixou o gramado do estádio José Maria de Campos Maia, na cidade de Mirassol sem receber sequer cartão amarelo. Algo surpreendente.

O que chama a atenção é o fato de Dos Anjos ter feito coro ao apelo da diretoria aos atletas. O treinador, como todo mundo sabe, tem “pavio curto”, como se diz, e já entrou em rota de colisão com a arbitragem algumas vezes desde que assumiu o cargo, tendo sido expulso duas vezes em jogos do quadrangular da Série C de 2023. A 1ª exclusão do treinador ocorreu na estreia do time na fase, no empate por 1 a 1, contra o Volta Redonda-RJ, na Curuzu. Dos Anjos foi acusado de homofobia. A 2ª expulsão aconteceu na vitória, por 3 a 2, sobre o Botafogo-PB, em João Pessoa, após o técnico ofender o árbitro.

O treinador acabou sendo punido com nove jogos de suspensão pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) em razão da expulsão contra o Volta Redonda. Mais tarde, a pena acabou sendo revertida em multa, com o treinador cumprindo apenas um jogo – contra o Ji-Paraná-RO, pela Copa do Brasil – da suspensão. Somadas as expulsões da fase final do Parazão e das semifinais da Copa Verde, chegam a sete os expulsos do Paysandu na temporada, seja por jogo violento ou questão disciplinar.

No Estadual, no 1º Re-Pa da decisão, vencido pelo Papão, por 2 a 0, Leandro Vilela recebeu cartão vermelho e teve de ir para o chuveiro mais cedo. No clássico de volta pela penúltima fase da CV, também vencido pelo Papão, nos pênaltis, por 4 a 3, após o empate por 1 a 1 no tempo normal, foram mais duas expulsões: o zagueiro Wanderson e o meio-campista Biel.