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"Era uma vez na Copa...": confira hoje o 2º fascículo do DIÁRIO NO QATAR!

Os olhos do mundo estão voltados para a Copa do Mundo, o que faz dela um palco poderoso para manifestações políticas. A própria Fifa tem ciência disso, tanto é que, recentemente, publicou uma carta às seleções participantes da edição 2022 pedindo foco no futebol e não em discussões políticas ou batalhas ideológicas.

Ela só deveria ter pensado nesse aspecto antes de aceitar o dinheiro do Qatar para sediar a competição, ainda lá em 2010, já que se trata de um país que constantemente viola direitos humanos e, portanto, sujeito a protestos como os que estão acontecendo agora. A Dinamarca, por exemplo, vai para a Copa com um uniforme em que o escudo será monocromático, para não exibir sua marca em solo catari.

O interessante é que, com a velocidade da informação de hoje, fica muito difícil barrar qualquer tipo de repercussão, seja ela positiva ou negativa. Não será como na Copa de 74, quando tivemos a questão do Zaire, em que se levou anos até que se descobrisse que um lance, julgado à época como ingenuidade ou desconhecimento da regra era, de fato, um protesto. Isso não aconteceria mais.

Ah, não sabe do que estou falando? Bem, vai descobrir no segundo fascículo do “Diário no Qatar”, que traz histórias passadas nos Mundiais de futebol com um pano de fundo sócio-político.

As histórias contadas vão além das quatro linhas e, em muitos casos, o próprio contexto histórico dita a narrativa esportiva. Você sabia que a Copa abrigou um participante que não era mais sequer um país? Pois é, foi em 2006 e permitiu, inclusive, que um jogador, posteriormente, atingisse o recorde de três Copas no currículo por três seleções diferentes.

Você vai relembrar também o dia em que os blocos capitalista e socialista estiveram frente a frente em plena Guerra Fria, no confronto entre as Alemanhas Ocidental e Oriental e saber o que isso representou à época.

Contudo, o caso mais grave aconteceu em 78, na Argentina, pois interferiu diretamente no resultado de campo. São tantos os depoimentos que colocam a ditadura militar atuando para garantir a vitória do país sobre o Peru por uma goleada histórica que o título argentino ficou maculado para sempre. Os próprios jogadores falam daquela conquista com certa vergonha, o que é uma pena.

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