Empate com cheiro de frustração
O 1º tempo foi abaixo do esperado pela torcida, na Curuzu. Ainda sob os efeitos da goleada aplicada no Ituano, todos contavam com um PSC mais forte ofensivamente. Não foi o que aconteceu, em função principalmente da marcação do CRB, postada em duas linhas. Os alagoanos tinham apenas com Anselmo Ramon e Léo Pereira no ataque. O 2º tempo teve mais presença do Papão na frente, mas sem objetividade. Empate justo e ruim para os bicolores.
Como o CRB não se expunha, o PSC ficou travado, conformando-se com o jogo de poucas investidas sobre a zaga alagoana. Foram cinco finalizações, uma delas de João Vieira com perigo. Nicolas teve só lampejos e Esli García não teve liberdade para explorar o lado esquerdo.
Os melhores momentos do PSC ocorreram em jogadas pelo lado direito, com Edinho e Edilson. Isso enquanto Juninho esteve em campo. Aos 33 minutos, ele sentiu um baque na coxa e foi substituído por Netinho, que não acrescentou qualidade à transição.
Mesmo com o controle da posse de bola, o Papão tinha dificuldades para romper as linhas de marcação. Muito recuado, o CRB teve poucas tentativas. A melhor foi em cruzamento de Anselmo Ramon para Léo Pereira, mas o goleiro Diogo Silva levou a melhor.
Na volta do intervalo, o PSC aproximou mais as linhas e passou a contar com a agressividade de Netinho, que se posicionou mais à frente e arriscou duas vezes com perigo em direção ao gol. Enquanto isso, Esli García e Nicolas permaneciam sem encontrar espaço, ainda mais quando se ficavam longe da área.
Como ambos são fundamentais para empoderar o ataque, o time sofre quando estão fora de ação. Apesar disso, a vitória chegou a se esboçar para o PSC. Aos 13 minutos, Kevyn chutou cruzado e a bola bateu na mão de Gegê. Pênalti confirmado pelo VAR e convertido por João Vieira.
O entusiasmo da torcida durou pouco. Cinco minutos depois, em rápida trama pelo meio, Rômulo tocou para Léo Pereira, que disparava pela esquerda. Ele dominou a bola, passou pela marcação e chutou cruzado, sem chances para Diogo Silva. O empate abateu o PSC, que custou a reagir.
Vieram as mudanças – Val Soares, Gabriel Santos e Michel Macedo no lugar de Leandro Vilela, Edinho e Edilson – e o time lançou-se ao ataque, tentando chegar ao gol com cruzamentos inúteis para a área do CRB.
O gol quase saiu pelos pés de Val Soares, aos 42’, e Netinho, aos 44’. Muito pouco para um jogo que representava muito no esforço para avançar na classificação. Apesar da postura conservadora, o CRB ameaçou no final com duas investidas que passaram perto do gol paraense.
A igualdade no placar refletiu o equilíbrio nas ações e limitações das duas equipes. Ninguém merecia sair vitorioso.
Lateral direito é uma das boas surpresas do Leão
Substituto de Thalys, um dos mais regulares jogadores do Remo na temporada, o lateral Diogo Batista tem chamado atenção pela boa movimentação tanto no ataque quanto resguardando o lado direito. Estreou junto com o técnico Rodrigo Santana na vitória contra o Sampaio Corrêa, atuou bem diante do São Bernardo e foi um dos melhores no triunfo sobre o Ypiranga.
O perfil agressivo, principalmente nas ações ofensivas, agradou o torcedor e foi fundamental para dar solidez à ala direita remista. Domingo, contra o Ypiranga, impressionou pelo desempenho técnico e pela resistência física em confronto castigado por uma temperatura de quase 40 graus.
Além disso, Diogo foi vibrante, comemorando todos os lances em que levou vantagem, o que impressionou a torcida no Baenão. Indicação do técnico, Diogo é uma das peças que podem alavancar o processo de evolução do Remo no Brasileiro.
A vocação para apoiar o ataque ficou demonstrada nos três jogos, mas a participação contra o Ypiranga foi mais marcante. Responsável pelo cruzamento rasante para o gol de Ytalo, ele se manteve presente em todas as tentativas de ataque durante a partida.
Diante do temor pela ausência prolongada de Thalys, lesionado com gravidade no início da competição, a chegada de Diogo foi um achado.
Precisamos falar sobre o show da Eurocopa
Craques distribuídos por quase todas as seleções participantes garantem o encanto da Eurocopa, iniciada na sexta-feira (14) com o jogão entre Alemanha e Escócia. A sede também contribui bastante para valorizar o torneio, que rivaliza em qualidade com a própria Copa do Mundo. As cidades alemãs são encantadoras, com populações apaixonadas por futebol.
Depois do show particular de Toni Kroos na avassaladora estreia do escrete alemão – goleou por 5 a 1 –, a primeira rodada da Euro terminou ontem, com o confronto entre Portugal x República Tcheca.
Favorito, Portugal quase desceu do salto diante da forte marcação tcheca, mas conseguiu virar nos minutos finais. O controle do jogo esteve sempre com Cristiano Ronaldo e seus companheiros, mas faltou gol no primeiro tempo.
CR7, visivelmente entusiasmado em seguir jogando em alto nível, desperdiçou uma chance e criou dificuldades para os marcadores, mas foi um golaço de Provod que abriu o placar em favor da República Tcheca no início da 2ª etapa.
O empate veio com um toque de sorte. Aos 23 minutos, Nuno Mendes desviou de cabeça, o goleiro Stanek espalmou e a bola desviou em Hranác antes de entrar.
Empurrado pela torcida, Portugal continuou em cima. CR7 meteu um cabeceio na trave e Diogo Jota fez o gol, mas o lance foi anulado. Aos 46’, não teve jeito: Pedro Neto cruzou, o atrapalhado Hranác não conseguiu cortar e a bola sobrou para Francisco Conceição marcar o gol da virada.
Um jogo interessante, como foi Turquia x Geórgia no início da tarde de ontem, também pelo grupo F da Eurocopa. O triunfo dos turcos foi valorizado pelo golaço do jovem craque Arda Güler, de 19 anos, uma das promessas do Real Madrid.