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Em Belém, Oscar Schmidt analisa momento do basquete brasileiro

Oscar, um dos grandes nomes do basquete nacional, está em Belém. Foto: Antonio Melo/Diário do Pará
Oscar, um dos grandes nomes do basquete nacional, está em Belém. Foto: Antonio Melo/Diário do Pará

Alexandre Nascimento

O ex-jogador de basquete Oscar Schmidt, o “Mão Santa”, está em Belém para participar da Feira Pará Negócios, marcada para acontecer no Hangar, neste final de semana. A trajetória esportiva de sucesso, sendo um dos maiores pontuadores do basquetebol mundial, será a pauta principal do evento, mas também serviu de respaldo para falar da importância de apoiar o esporte e os atletas.

O Mão Santa visitou o ministro das Cidades Jader Filho, na noite de ontem (17), quando entregou a lendária camisa 14 que vestia na época de seleção brasileira. “Precisamos de articulação política para apoiar o nosso basquete, pois só assim iremos estimular novos jogadores que precisam de boas condições oriundas de patrocínio”, disse Oscar.

“Iremos articular, por meio do Governo Federal, parcerias com o Ministério dos Esportes para que apoie o esporte brasileiro, como o basquete, que tem o nosso ídolo Oscar como grande referência”, afirmou Jader Filho, ministro das Cidades.

Para Oscar Schmidt, esse patrocínio é importante para a própria Confederação Brasileira de Basquetebol, que tem no comando o paraense Guy Peixoto, com quem esteve junto no encontro com o ministro Jader Filho. “O Guy é uma pessoa em quem confio, que sei que tira dinheiro do próprio bolso para custear muita coisa na CBB. Isso é nobre, mas não deve ser assim, já que recursos para o basquete têm que vir de patrocínios”, disse Oscar.

Oscar Schmidt, ao lado do ministro Jader Filho, elogiou a escolha de Belém para sediar o pré-olímpico de basquete feminino, em 2024. Foto: Antonio Melo/Diário do Pará

O ex-jogador também comentou sobre o atual momento do basquete brasileiro, como a disputa do pré-olímpico de basquete feminino, que será disputado em Belém em 2024. “Uma boa iniciativa do Governo do Pará em trazer essa disputa para Belém, para resgatar o torcedor de outra região do Brasil. Uma forma de estimular o nosso time, com uma torcida vibrante do Norte, como é o povo paraense”.

Mas, sincero como sempre foi, apesar da torcida para as equipes masculinas e femininas do basquete, o Mão Santa não acredita em um bom desempenho do Brasil nas Olimpíadas de Paris, no ano que vem. “Claro que irei torcer e espero que se classifiquem, mas o nosso basquete não vive um bom momento, pois os Jogos Olímpicos reúnem o melhor das seleções. Mas, para se ter o melhor, volto a dizer que nosso esporte precisa de patrocínio, num projeto de longo prazo, para que se prepare jogadores vitoriosos e compromissados com nossa seleção”, concluiu o ídolo do basquete brasileiro.