ANÁLISE

Elenco do Paysandu tem deixado a torcida de cabelo em pé

O Paysandu começou a Série B do Brasileiro, na 2ª quinzena de abril, mirando o acesso à Série A de 2025.

O Santos atropelou o Paysandu. Foto: Wagner Almeida/Diário do Pará
O Paysandu agora luta para não cair. Foto: Wagner Almeida/Diário do Pará

O Paysandu começou a Série B do Brasileiro, na 2ª quinzena de abril, mirando o acesso à Série A de 2025. A promessa da diretoria do clube, conforme um dos vices do clube, Roger Aguilera, era montar um elenco forte, capaz de levar o Papão de volta à elite do nacional, da qual a equipe está afastada há 17 anos.

Mas, passados quatro meses e pouco, com a Segundona já tendo mais de sua metade disputada, a meta parece cada vez mais difícil de ser alcançada. E pior ainda, o fantasma do rebaixamento à Série C começa a rondar a Curuzu, podendo pedir moradia no estádio bicolor a qualquer momento.

Sem vencer na Segundona há seis rodadas, acumulando quatro derrotas e dois empates, o Papão ocupa a 15ª colocação na classificação do campeonato, com 25 pontos conquistados. Apenas dois degraus acima da zona de descenso, o que representa um risco de queda, caso o time bicolor não consiga reagir o quanto antes nas 16 rodadas restantes da competição.

Com campanha tão pífia, as projeções matemáticas, feitas pelos sites especializados, claro, traçam um “retrato” numérico nada agradável para a torcida do clube. De acordo com o Chance de Gol, uma das mais tradicionais páginas da internet especializada em cálculos matemáticos do futebol brasileiro, o Paysandu reúne, hoje, apenas 0,9% de possibilidades de concretizar a meta traçada pela diretoria bicolor de ter o clube na elite do futebol nacional no ano que vem. A cada rodada, com o time aumentando cada vez mais o rol de jogos sem vitória, a previsão de queda do time à Série C, no momento, é de 4,7%.

O Departamento de Matemática, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que adota outra sistemática de cálculo, revela algo ainda mais aterrorizante: 25,3% de chance de queda do time.

O Papão fechou a sua participação no turno da Segundona, com 19 partidas disputadas, na 14ª colocação no campeonato, com 24 pontos. Feito três jogos no returno – Santos-SP, Botafogo-SP e Avaí-SC -, a equipe praticamente não se mexeu de lugar. E nem podia, afinal de contas o rosário de tropeços iniciado na reta final da 1ª fase da competição só acumulou mais “miçangas”, com apenas um ponto conquistado pelo time em nove disputados, diante do Santos (0 a 3), Botafogo (1 a 1) e Avaí (1 a 0).

O torcedor do Papão, diante do cenário tão ruim, tem mesmo motivos para ficar preocupado com a possibilidade de queda de sua equipe. E a diretoria do clube mais ainda, afinal de contas, com uma campanha tão fraca do time, o sonho de acesso ao Brasileirão pode se transformar no pesadelo do rebaixamento, apenas um ano após a volta da equipe à Segundona.