ANÁLISE

Eficiência foi a palavra-chave no clássico entre Remo e Tuna

Confira a análise do clássico entre Tuna e Remo. Veja como a falta de tranquilidade da Tuna na fase de terminação das jogadas foi decisiva.

Remistas conseguiram concluir bem suas oportunidades, enquanto a Tuna ficou devendo - Foto: Irene Almeida/Diário
Remistas conseguiram concluir bem suas oportunidades, enquanto a Tuna ficou devendo - Foto: Irene Almeida/Diário

Depois do clássico de ontem, em análise feita pelos treinadores, ambos tiveram opiniões semelhantes. A Tuna criou e não marcou. O Remo foi cirúrgico e conseguiu controlar o adversário.

Para o comandante Luso, Ignácio Neto, essa falha foi decisiva para um placar tão elástico. “Faltou tranquilidade aos nossos atletas na fase de terminação das jogadas. A gente criava, chegava, tinha o volume. Mas naquele último momento de você respirar, de concluir, de fazer o gol, a Tuna pecou o jogo todo”, disse. “O Remo chegou com atletas que têm qualidade, fez os gols e a gente não teve a eficiência necessária. No clássico, você precisa ser eficiente ao ter a chance de matar, porque senão quando o adversário tiver, ele vai lá e vai fazer gol”, completou o cruzmaltino.

De acordo com Ignácio, o trabalho daqui em diante deve ter uma ênfase no último terço de campo para superar a primeira partida em que a Tuna não marcou gol neste Parazão. “A gente precisa continuar trabalhando, refinando mais aquele último processo do campo para que os nossos atletas tomem melhores decisões, para que a gente consiga fazer os gols”.

Remo supera vexame e volta aos trilhos

Segundo Rodrigo Santana, um dos principais desafios dentro do elenco azulino foi virar a chave, deixar para trás a vexatória desclassificação da Copa Verde e focar no que havia pela frente. O objetivo era reerguer os jogadores e isso acabou acontecendo.

“No final do jogo da Copa Verde, a gente encontrou o vestiário praticamente do mesmo jeito que a gente chegou ano passado. Eles sentiram bastante. Com todo o respeito, era um jogo que a gente teria mais que obrigação de passar, nem levar para o pênalti. A gente tinha menos de três dias para responder e levantar a cabeça. Com pouco tempo de trabalho, a gente teve que virar chave e colocá-los em campo. Eu sei que é chato ser eliminado, eu sei que o torcedor vai cobrar, ninguém quer perder, eu muito menos. Mas a gente agora consegue ter uma semana inteira pra gente trabalhar, para rever os erros”.

Santana lembrou do calendário que há no horizonte remista para explicar o que deve ser feito daqui em diante. Tanto para missões mais imediatas quanto a longo prazo. “Qual o objetivo do Remo neste ano? A gente tem os nossos compromissos, eu sei que cada jogo a gente tem que vencer, a gente é o Remo, é o grande. Mas a gente sabe que mais pra frente vai ter decisão de estadual, mais pra frente tem decisão na Copa do Brasil que é importantíssimo pra gente. Quem sabe agora a gente consegue ter um equilíbrio melhor, treinar melhor, recuperar melhor os jogadores para a gente conseguir apresentar cada vez melhor um bom futebol”.