O lateral-direito Edilson por pouco não foi às lágrimas, ontem, na Curuzu, após o treino do Paysandu, no Mangueirão, para o jogo contra o Volta Redonda. O defensor deu um depoimento comovente, falando do momento vivido pelo Papão, lanterna da Série B do Brasileiro, com 21 pontos. Esta situação, conforme afirmou o lateral, impacta diretamente os jogadores do elenco bicolor. Edilson destacou a tristeza que vive dentro e fora do clube pela posição ocupada pela equipe bicolor e, principalmente, pela ameaça de rebaixamento a cada rodada mais próxima.
“A gente fica triste pelo momento, quando a gente não vence. Ouço, infelizmente, de algumas pessoas, principalmente em redes sociais, dizendo que o jogador de futebol não sente nada. Ganhou, perdeu, ele vai pra casa sorrir. Assim como na imprensa tem pessoas que não estão nem aí pra vida. Faz parte. No futebol, também, tem essas pessoas, mas a maioria não é assim”, afirmou o lateral, prosseguindo em seu desabafo, falando da sua experiência pessoal ao conviver com o momento difícil enfrentado pelo Paysandu.
Edilson: apoio vem da família
“No meu caso sofro muito, sabe, fico muito chateado”, afirmou. “Vejo meus companheiros, quem tem acesso ao vestiário sabe, tristes, pais de família tristes, chateados. Quando chego em casa fico triste, fico mal porque tenho família. Esse sonho que vivo hoje não é o sonho apenas do Edilson, é um sonho do meu pai, um sonho da minha mãe, um sonho da minha filha, que olha pra mim e diz que me ama e diz que sente muito orgulho de mim com a minha esposa”, relatou. “Quando chego em casa é o lugar onde renovo as minhas forças. Sei que ali estão as pessoas que não vão me apontar o dedo e que vão me abraçar”, declarou.
Confiança na volta por cima
Mesmo com todas as dificuldades, o lateral confia na volta por cima do Papão para se livrar da queda para a Série C de 2026, faltando 14 rodadas para o final do campeonato, com o Papão precisando faturar, no mínimo, 24 pontos para chegar a 45 e se livrar do rebaixamento. “Creio que assim como esses números são adversos, creio também que podemos mudar esses números e no final do ano a gente estar aqui, com vocês (da imprensa) falando que foi a maior arrancada da permanência do Paysandu na Série B”, arrematou.