E Hélio dos Anjos chegou e abriu o mar alviceleste...

Nildo Lima

A chegada do técnico Hélio dos Anjos à Curuzu, na 17ª rodada da competição, foi decisiva para a guinada do Paysandu na Série C do Brasileiro. Na época, o Papão, sob o comando e Marquinhos Santos, vinha de uma derrota, fora de casa, diante do Botafogo-PB e “namorava” com a zona de rebaixamento à Série D, ocupando a 16ª colocação, apenas um degrau acima da Z4.

A equipe bicolor somava 12 pontos, obtidos em dez rodadas do campeonato. Dos Anjos nem bem chegou ao clube e já foi logo implantando o seu estilo de trabalho, falando grosso e exigindo reação de sus novos comandados.

Com pouco tempo para trabalhar e deixar a equipe ao seu estilo, Dos Anjos estreou orientando a equipe bicolor na derrota, por 2 a 0, diante do Brusque-SC, um dia após ter desembarcado no aeroporto de Val–de-Cães. A partida serviu de campo de observação para o técnico, que revelou ter visto muita coisa errada, principalmente no que diz respeito ao condicionamento físico do elenco, segundo ele, “bastante precário”. “Quando vi aquilo fiquei em choque”, contou na época. “Tem grupos de jogadores que correm menos de 20 km por semana. Eu quero que eles cheguem a 32 ou 33 km”, avisou.

Depois de trocar a preparação física e dos goleiros do clube, Dos Anjos passou a implantar sua filosofia de trabalho e os resultados começaram a surgir. Em nove jogos sob o comando do treinador, o Papão mudou da água para o vinho. São cinco vitórias, dois empates e duas derrotas, com 12 gols marcados e nove sofridos. O aproveitamento neste período é de 62,9%, pouco abaixo do Operário-PR, líder da primeira etapa da Terceirona, com 63,1% de aproveitamento em 19 jogos.

OS JOGOS DE HÉLIO DOS ANJOS NO PAPÃO

Paysandu 0 x 2 Brusque-SC