Há um ano, as ginastas brasileiras deixavam a quadra em lágrimas de tristeza. Neste sábado, 23 de agosto, elas choraram novamente — desta vez, de emoção e redenção — ao conquistarem a medalha de prata no Mundial de Ginástica Rítmica, realizado no Rio de Janeiro. Foi a primeira medalha da história das Américas na modalidade.
O Brasil já figurava entre os favoritos ao pódio nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, mas uma lesão de Victoria Borges impediu o conjunto de avançar à final. Agora, Maria Eduarda Arakaki, Nicole Pircio, Sofia Madeira, Mariana Gonçalves e Maria Paula Caminha subiram ao pódio também por todas as colegas que ficaram pelo caminho.
“A gente está de alma lavada. Em Paris, apesar de tudo, conseguimos superar muito bem, com a consciência de que demos o nosso melhor. Mas queríamos mais, muito mais. Voltamos a treinar com foco no próximo objetivo, que era hoje. Saímos com a sensação de dever cumprido. Fizemos isso por nós, mas também por todas as nossas olímpicas que estavam com a gente em Paris, como a Deborah [Medrado] e a Vic”, afirmou a capitã Duda Arakaki ao Olympics.com.
“O que aconteceu nas Olimpíadas de Paris foi o momento mais desafiador das nossas carreiras. As meninas decidiram continuar – Nicole, Sofia, Duda e a Mari, que era reserva – e o Mundial nos serviu de motivação para seguir, sabendo que nossa hora ia chegar”, acrescentou a treinadora Camila Ferezin, em entrevista coletiva.
O destino quis que a volta por cima acontecesse em casa. Com o apoio caloroso da torcida, as ginastas reencontraram ex-colegas e puderam celebrar esse momento histórico ao lado de seus familiares.
“São gerações e gerações, e o mais bonito foi encontrar essas gerações aqui hoje. Ainda mais dentro da nossa casa, com arquibancadas cheias e os familiares presentes”, completou Camila.