O atacante Diogo Oliveira, de 28 anos, marcou gols por todas as sete equipes que defendeu como profissional, entre elas o Plaza Colonia, do Uruguai, pelo qual balançou a rede por 19 vezes em três temporadas e meia. Mas o tento que fez no vitória do Paysandu no Re-Pa, por 1 a 0, no último sábado, deve ter sido o mais importante da carreira do atacante até aqui. Ontem, na Curuzu, Diogo revelou que se surpreendeu com a participação tão decisiva no clássico. “Não esperava que fosse tão bonita assim”, afirmou. “Foi tudo lindo e maravilhoso. Estou muito contente. Graças a Deus consegui estrear com o pé direito e deu tudo certo”, completou o jogador, que homenageou a esposa, que está grávida.
Diogo contou, ainda, que não estava tão ligado no momento em que Jorge Benitez caiu no gramado e teve de ser substituído por ele. “Quando me chamaram eu não estava nem prestando atenção (no jogo). Eu estava vendo a torcida do Papão, que estava incrível. Quando vi que o Benitez tinha sofrido a lesão, aí fui, aqueci e aí ele voltou, mas logo depois ele saiu. Estava com muita vontade de jogar”, comentou. Diogo lamentou, no bate-papo com a imprensa, o fato de ter entrado em campo em razão da lesão de seu companheiro de clube. “Fico triste pela lesão que ele sofreu, mas fico feliz pela vitória”, completou.
Titularidade? Diogo Oliveira deixa na mão do técnico
Na segunda-feira que vem, o Paysandu recebe a Ferroviária-SP, na Curuzu. É mais um obstáculo a ser enfrentado pelo Papão na luta para deixar a zona de rebaixamento. O atacante preferiu não cobrar a titularidade na equipe, deixando nas mãos do treinador a sua escalação ou não. “Nessa questão é o professor Claudinei (Oliveira) quem vai decidir. Estou aqui trabalhando para ajudar o grupo. Ele é quem vai decidir quais os onze (jogadores) que vão iniciar (a partida). Estou aqui para ajudar e não para atrapalhar”, salientou o atacante, que afirmou ter se surpreendido com a unidade dos jogadores antes de o time entrar em campo.
“O que me chamou a atenção foi a união do grupo. Todos estavam concentrados. Dava para ver no olhar de cada um que todos estavam querendo a vitória. E nós estamos tratando assim. Em todos os jogos queremos entrar com sangue nos olhos. Precisamos. Estamos sempre olhando pra frente. Os (jogadores) mais experientes, o Rossi, o Thiago Heleno, estavam nos mais novos, tranquilizando. Pelo olhar dos caras, pelo sangue, com o vestiário fervendo, dava para ver que a gente sairia vitorioso”, arrematou o atacante, que deve permanecer como titular não apenas pelo gol que marcou, mas também pelo fato de Benitez estar lesionado.