Cuca foi apresentado como novo técnico do Atlético-MG na manhã desta segunda-feira (13) e abriu a coletiva com um pronunciamento sobre o caso em que foi acusado de estupro de uma menor de idade, na Suíça, em 1987.
“Eu, quando demorei tanto tempo para falar daquele tema, e hoje eu abro falando dele, é porque hoje eu consigo falar, eu consigo ver os meus defeitos”
O QUE ACONTECEU
Cuca voltou a falar sobre o tema. Em março de 2024, ele leu uma carta após a sua estreia no Athletico-PR para comentar a anulação de sua condenação por estupro.
O técnico de 61 anos disse que tem trabalhado incessantemente para ser uma pessoa melhor e para buscar um mundo melhor para as mulheres.
O QUE MAIS ELE DISSE
“A gente vive muito num mundo machista, o futebol ainda é um mundo machista. Hoje, se a gente olhar aqui no auditório aqui, tem 70%, 80% de masculino. Mas já foi pior, um tempo atrás foi muito pior”
“Hoje, olhando o treino das meninas, eu vi o quanto que evoluiu o futebol feminino, coisa que eu não conseguia ver antes. Vi o quanto as meninas têm que lutar mais do que a gente, o homem, para poder vencer. A começar pelo horário, elas começam o treino às 7h30, tem que acordar às 6h30, às 5h da manhã, estar às 6h30 no campo para tomar um café e depois vir para o treino. E essas coisas eu prometi, e tenho feito, dentro do possível, com ações, no meu instituto, onde eu tenho três núcleos em Curitiba e quero transportar aqui para o Galo, que tem também o Instituto Galo.”
O CASO DE ESTUPRO
Cuca e outros três jogadores do Grêmio foram acusados de manter relações sexuais com uma garota de 13 anos durante excursão do time em 1987.
O técnico chegou a ser condenado pela Justiça da Suíça, mas a sentença foi anulada no início do ano passado. A juíza aceitou a defesa de Cuca sobre a condenação à revelia, quando é feita sem advogado próprio ou defensor público, mas não entrou no mérito da inocência do treinador.
A suposta vítima, Sandra Pfäffli, morreu em 2002, de acordo com a justiça suíça. Ela tinha 13 anos na noite de 30 de julho de 1987 e faleceu aos 28. O tribunal encontrou um herdeiro, que não se interessou em ser parte do caso.