Tylon Maués
Nos dois amistosos realizados pelo Paysandu na pré-temporada, as vitórias sobre a seleção de Barcarena (2 a 0) e sobre o São Francisco (1 a 0), o técnico Márcio Fernandes deu chances para alguns garotos da base e quem melhor aproveitou as oportunidades até aqui foi o atacante Roger, que principalmente contra a equipe santarena, diante da Fiel, que teve um bom desempenho e deixou a torcida esperançosa de uma cria do clube sair-se bem. Também no último domingo, o lateral-esquerdo Juan Pitbull teve sua chance.
Natural de Salvaterra, Roger veio para Belém aos 15 anos e, dois anos depois, aportou na Curuzu. Hoje, aos 19 anos, ele vem no elenco profissional desde a Copa Verde e comemora uma condição tão esperada. “Esse momento é de muita felicidade na minha vida. É muito bom conviver com os mais experientes. Tenho certeza que as coisas vão dar certo se continuar trabalhando forte. Estou tendo mais oportunidades, o professor Márcio acreditou no meu potencial e tem me dado chances de mostrar meu futebol”, contou o atacante, que destacou os incentivos dados pelo treinador. “Ele fala para eu ir para cima, fazer meu jogo e sem medo. Se ele está me dando chances então tenho que fazer o que ele me orienta”.
JUAN
Já o atleta Juan, de 18 anos, é de Belém e está no Paysandu desde os 13, tendo vestido uma camisa apenas em sua carreira. Ele conta que é um sonho que se tornou realidade. “O importante é estar aqui no elenco e lutar para ter oportunidades. Para mim é um sonho estar aqui no Paysandu. O Márcio (Fernandes) me orienta a ter tranquilidade que a chance vai aparecer e quando ela der as caras é para eu aproveitar”.
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Os dois jogadores revelam que o que não falta ao redor deles são companheiros bem mais experientes e que procuram escutar os conselhos. Entre os mais atuantes nas conversas, um nome óbvio se destaca. “Escuto os mais experientes, tem o Ricardinho por exemplo. Sempre escuto, assim como minha família, que sempre me orienta”, disse Juan Pitbull. “O Ricardinho sempre conversa comigo, diz por onde agora, conversa demais. Todos falam para manter a disciplina e fazer meu futebol”, diz Roger.
ESPELHO
Quando perguntado sobre uma referência que tem no futebol, Roger foi rápido ao apontar o jogador paraense mais destacado atualmente, o atacante Rony, multicampeão pelo Palmeiras-SP e cria do Clube do Remo. Segundo o bicolor, seu sarrafo é alto, com a meta é um dia conseguir mais ainda que o ídolo. “Tenho o Rony como espelho, um cara que veio do interior e venceu. Espero ir até mais longe do que ele está fazendo”.
Rony está há quatro anos no Verdão e pode entrar para a história do clube. Sábado, dia 28, Palmeiras e Flamengo-RJ decidem a pela Supercopa do Brasil e, se o time paulista ficar com a taça, o paraense chegará a oito conquistas e deixará para trás nomes como Emerson Leão, Cléber, César Sampaio e Zinho. Todos eles possuem sete títulos no Parque Antarctica.
