GERSON NOGUEIRA

CRB x Paysandu: a primeira grande decisão

O PSC joga hoje contra o CRB, em Maceió, com a responsabilidade de pontuar para evitar perder posição na tabela de classificação da Série B.

O PSC joga hoje contra o CRB, em Maceió, com a responsabilidade de pontuar para evitar perder posição na tabela de classificação da Série B. Foto: Matheus Vieira
O PSC joga hoje contra o CRB, em Maceió, com a responsabilidade de pontuar para evitar perder posição na tabela de classificação da Série B. Foto: Matheus Vieira

O PSC joga hoje contra o CRB, em Maceió, com a responsabilidade de pontuar para evitar perder posição na tabela de classificação da Série B. Depois desta partida restarão oito jogos para o fim do campeonato, o que torna a disputa contra o rebaixamento ainda mais dramática.

Desde a rodada passada, quando derrotou o Ituano na Curuzu, o PSC resolveu encarar as partidas restantes como verdadeiras decisões. E esse espírito é o que deve prevalecer de fato, a fim de preparar o time para os obstáculos a serem superados, a começar pelo confronto desta noite.

A partida com o CRB adquire importância maior porque é contra um adversário direto na luta para permanecer na Série B. Além disso, há um fato que aumenta o grau de dificuldade. O time alagoano é dirigido por Hélio dos Anjos, ex-técnico do PSC, que montou o atual time do Papão.

Por uma questão lógica, é possível avaliar que Hélio conhece mais a potencialidade e as fragilidades do elenco bicolor do que o próprio Márcio Fernandes, que está no cargo há cerca de um mês apenas.

Márcio, por seu turno, demonstra que ainda tateia em busca da melhor formação e do sistema de jogo a ser utilizado. É verdade que o PSC deixou de jogar naquele modelo de linhas altas que tantos problemas provocavam no setor defensivo, mas ainda não encontrou novos caminhos para enfrentar os adversários.

Hoje, por exemplo, o time não terá Nicolas no centro do ataque e o mais cotado para ocupar a função é Yony González, que ainda não disse a que veio, após entrar em quatro partidas. A lógica indica que, como será um time reativo contra o CRB, o PSC deveria entrar com jogadores de velocidade pelas pontas.

Dois atacantes poderiam cuidar disso muito bem, à frente de um setor de meio-de-campo com preocupações de bloqueio e municiamento do ataque. João Vieira, Matheus Trindade, Netinho e Robinho poderiam ser os homens de meio, com Esli García e Jean Dias avançados.

Ocorre que, pelo que ficou esboçado nos últimos, o Papão deverá entrar com três atacantes – Jean Dias, Yony e Borasi. E o meio-campo deve ter João Vieira e Trindade na marcação e Robinho na criação.

Não precisa ser mãe Dinah para perceber que jogar com dois volantes e um meia que não marca deixam a linha de defesa excessivamente exposta. O esforço de movimentação de saída para o ataque precisará ser eficiente para evitar que o adversário domine o setor.

Apesar das dificuldades que o jogo oferece, o PSC tem boas chances de inverter a situação, explorando os espaços que o CRB terá que ceder na estratégia para se lançar ao ataque. 

    

Presidente da FPF lança manifesto pela ascensão  

“O futebol paraense, em especial em Belém, sofre fortes influências de dois tons de azul – o do Paysandu e o do Remo – em uma rivalidade secular que molda nossa identidade ou, até mais, agrega ao nosso DNA. Essa rivalidade, que faz de PSC e Remo potências nacionais, é saudável e necessária, e jamais poderá ser diminuída por ninguém. Mas nós, que lideramos o futebol paraense, temos a responsabilidade de ir além das arquibancadas. Devemos ter uma visão de Estado, deixando o ‘eu’ em favor do ‘nós’, unindo todas as forças para fazer do nosso futebol algo ainda maior”.

Este é o trecho de abertura do manifesto “O Pará está em ascensão!”, do presidente da FPF, Ricardo Gluck Paul. “O recente acesso do Remo à Série B simboliza o extraordinário momento do futebol do Pará. Nos últimos dois anos, conquistamos quatro acessos no masculino e feminino, levando Paysandu e Remo à Série B em ambas as categorias. Esse feito acontece na mesma semana em que recebemos a comissão da Fifa para avaliar nosso estádio como sede da Copa do Mundo Feminina de 2027 e no dia da estreia da árbitra paraense Gleika Pinheiro na Série A”, acrescenta o texto.

“Tenho orgulho de ter contribuído para o acesso do Remo, assim como me empenhei pelo acesso do PSC em 2023 e por todos os clubes do Estado. O sucesso de um é o sucesso de todos, e a união das forças dessas duas locomotivas é uma estratégica e potente mola propulsora de fortalecimento do nosso futebol”.

Ricardo defende que o momento é de unir as forças do futebol paraense: “E o que me enche de maior orgulho não é apenas o acesso do Remo ou ascensão do Paysandu, mas a oportunidade que tenho de liderar este movimento estratégico no ano em que Belém será o centro das atenções com a COP30”.

“A cultura do ‘nós’ certamente levará o futebol paraense a novos patamares. Essa é a minha maior missão: ajustar o caminho, apontar a direção e garantir que o Pará siga em ascensão rumo à grandeza que sempre lhe pertenceu. O Pará está em ascensão. Vamos em frente!”.

Mídia trepidante já bate tambores para Filipe Luís

Filipe Luís foi apresentado oficialmente como treinador do Flamengo. Foto: Marcelo Cortes /CRF

O Flamengo venceu o Corinthians pelo placar de 1 a 0, anteontem, no Maracanã, abrindo estreita vantagem na disputa da semifinal da Copa do Brasil. Quem viu o jogo com atenção percebeu que a correria desenfreada foi a principal característica da partida.

É óbvio que a mídia que se acachapa para qualquer brilhareco do Flamengo já faz rufar os tambores por Filipe Luís, o novo comandante rubro-negro, alçado por alguns apressados à condição de legítimo sucessor de Jorge Jesus, o mister português que operou milagres na temporada de 2019. 

Mais um pouquinho e teríamos em ação defensores da escolha de Filipe para treinar a Seleção Brasileira. Chegou perto, mas não houve tempo ainda para ensaiar o discurso de entronização do novo milagreiro do futebol.

Na verdade, o Flamengo se lançou ao ataque correndo para cima de um Corinthians tímido e recuado. Quando saiu para o jogo, no 2º tempo, o time paulista esteve muito perto de empatar a partida, com bola na trave e várias chances perdidas. Por pouco, o show de Filipe não foi para o vinagre.