Bola

Confusão pode render nova punição ao Paysandu

Nildo Lima

Se a Série C do Brasileiro deste ano deixou, dentro de campo, saldo positivos para o Paysandu, com o acesso do time à Série B de 2024, que o clube buscava há cinco anos, fora das quatro linhas, mais uma vez alguns “torcedores” bicolores tiveram comportamento condenável e podem, como das vezes anteriores, voltar a prejudicar o clube. Na última apresentação do time paraense na 2ª fase do Brasileiro, contra o Volta Redonda-RJ, partida que sacramentou a classificação do Papão à Série B, integrantes de uma proscrita facção de torcedores voltaram a se envolver em confusão nas arquibancadas.

A briga travada entre os “torcedores” bicolores e os do Volta Redonda, nas arquibancadas do estádio Raulino de Oliveira, no dia 7 deste mês, mostrada pela televisão, não passou despercebida pelo árbitro do jogo, Wilton Pereira Sampaio, de Goiás. Muito ao contrário, o apitador chegou a interromper a partida em razão do tumulto protagonizado pelos supostos torcedores. O caso deve ir parar no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), com os clubes passíveis de punição, como ocorreu este ano com o Paysandu em quatro jogos.

Em seu relatório, Wilton Pereira narrou: “Informo também que, aos 20 minutos do segundo tempo, o jogo teve que ser paralisado por sete minutos, em razão de ambas as torcidas iniciarem um tumulto na arquibancada, arremessando objetos em direção uma da outra, por cima da divisória que separa as mesmas. Dentre os objetos arremessados, foi possível identificar garrafas de plástico, copos de plástico com líquidos e um assento arrancado da arquibancada, este último arremessado pela torcida do Paysandu. Somente após intervenção do policiamento comandado pelo tenente Aurélio, foi possível iniciar o jogo”, escreveu.

O documento elaborado pelo apitador registra, ainda, a invasão do gramado de jogo, após o apito final da partida. “Relato ainda que após o término da partida, torcedores da equipe do Paysandu, romperam um dos portões de acesso ao campo de jogo, invadindo o campo para comemorar junto aos jogadores. Registro mais que não houve nenhuma tentativa de agressão contra a arbitragem, bem como aos atletas e pessoas autorizadas”, registrou o árbitro.

A apreciação do relatório pelo STJD ainda não tem data certa para ocorrer, mas não causará espanto se o Papão for obrigado a começar a Série B jogando, em casa de portões fechados ao público, como ocorreu este ano diante do São Bernardo-SP e Floresta-CE, ou com público restrito a mulheres, adolescentes e menores, como nas partidas contra o Pouso Alegre-MG e o Volta Redonda.