Nildo Lima
Embora ainda faltem cinco rodadas para se conhecer as quatro equipes classificadas à última fase da Série C do Brasileiro, de onde sairão os dois finalistas da competição, Amazonas-AM e Paysandu fazem, amanhã, a partir das 16h (horário de Belém) um jogo chave para o futuro de ambas as equipes na fase de quadrangular, Grupo C, da 3ª divisão do Brasileiro. Para a equipe da casa, a partida, na Arena Amazônia, tem um peso maior, visto que em sua estreia, em João Pessoa, na Paraíba, caiu, por 2 a 1, diante do Botafogo-PB local. Mas, o Papão também busca se recuperar na competição.
O empate, por 1 a 1, frente ao Volta Redonda-RJ, na 1ª rodada da 2ª etapa da Série C representou praticamente uma derrota, frustrando o torcedor bicolor, que esperava por uma vitória pelo fato de o time jogar em sua casa, o estádio da Curuzu. A perda de dois pontos preciosos em Belém faz com que o Papão precise se reabilitar amanhã para manter viva a possibilidade de assegurar a sonhada classificação à Série B, que não é disputada pelo clube desde 2019.
Os bicolores deixaram Belém ontem, às 6h, rumo a Manaus, com a comissão técnica, liderada pelo treinador Hélio dos Anjos, e os jogadores conscientes de que não terão vida fácil diante da Onça Pintada, como é apelidado o Amazonas. Os bicolores admitem que o fato de o time amazonense não ter ido bem em sua estreia na fase o torna um adversário, no mínimo, perigoso. “Eles perderam fora de casa contra o Botafogo-PB, então vão ter que sair mais para o jogo, propor mais o jogo”, previu Ronaldo Mendes.
Os ingredientes da partida não assustam o zagueiro Wanderson, que ressalta as dificuldades encontradas pelos clubes na Série C. “Não existe jogo fácil”, diz o defensor. “”Futebol é sempre decidido dentro de campo”, argumenta o jogador, confiando no potencial do Papão para buscar os três pontos lá fora. “A gente sabe que vai ser um jogo muito difícil, mas vamos muito fortes para buscar os três pontos”, salienta. “Estamos bem preparados, bem condicionados”, avisa o zagueiro.
Mas, o que dar para rir também pode dar para chorar para a equipe manauara. Obrigada a ser mais ousada, em razão do tropeço diante do Botafogo, a equipe da casa deve sair para o jogo, como imagina Mendes, abrindo a guarda e se tornando vulnerável ao ataque bicolor nas investidas de contra-ataque do adversário. Daí a possibilidade de Dos Anjos lançar mão de um ataque mais veloz, com o meia Juninho e o atacante Mirandinha podendo iniciar a partida.