Matheus Miranda
A ressaca do clássico Re-Pa ainda causa vertigem na cabeça dos atletas do Clube do Remo. Dois dias depois da eliminação nas semifinais da Copa Verde, as palavras ainda são inimigas da lógica no discurso dos profissionais. O motivo foi a moleza azul-marinho que, mesmo com o placar e vantagem nas mãos, deixou a vaga de bandeja para o adversário após frear o ritmo de jogo ao mesmo passo da coragem bicolor.
Um dos poucos atletas a ter mantido a pegada do início ao fim, o volante Anderson Uchôa tentou explicar o sentimento depois de novo fracasso da equipe em uma trajetória até então caracterizada por vitórias. “Clima muito chato, todo mundo ficou chateado, mas não podemos jogar todo o trabalho fora. Sabemos que o trabalho está sendo bem feito pelo (Marcelo) Cabo. É levantar a cabeça que temos uma sequência de jogos que ainda temos muita coisa para colher na temporada”, acredita, ao avaliar os pontos cruciais que poderiam ter dado um final diferente ao Fenômeno Azul.
“Fizemos um primeiro tempo muito bom, poderíamos ter matado o jogo. Tivemos chances claras com o Pablo e o Jean, no segundo com o Muriqui, chances bem claras. Isso pesou um pouco. Fizemos um primeiro tempo bom e um segundo tempo abaixo”, completa. Por isso, o defensor seguiu a linha de raciocínio como principal saída. “É levantar a cabeça, temos uma sequência de jogos, uma temporada inteira. Ontem (quarta) infelizmente deixou cair, mas como falei é seguir o trabalho e seguir em frente”, diz.
O baque, para os azulinos, necessita de uma assimilação imediata, até porque o arquirrival é o próximo adversário azulino no ano, agora pelo Parazão. Com um tempo até a data do próximo Re-Pa, programado para o dia 9 de abril, Uchôa destaca: “Acho que é válido esse descanso. A gente vinha de uma sequência de jogos pesados, acho que vai ser bom para o grupo voltar descansado para voltar ao Re-Pa”, pontua.