Tylon Maués
O grande atrativo do Re-Pa do próximo domingo será seu palco, com o Mangueirão sendo reinaugurado oficialmente. Depois de 25 e 34 mil nos dois primeiros clássicos, válidos pelas semifinais da Copa Verde, o deste final de semana terá 45 mil ingressos à disposição, com o projeto original prevendo 54 mil lugares para torcedores. Por mais que um Paysandu e Remo seja muito importante, é de se prever que os dois lados possam fazer mudanças, ainda mais que o jogo não mudará em nada as posições dos dois times na classificação. Mais do que isso, no meio de semana os times paraenses estreiam na Copa do Brasil contra dois dos principais times do país, o Papão contra o Fluminense-RJ e o Leão diante do Corinthians-SP.
O técnico bicolor não ignora esses três jogos importantes em oito dias – depois de Leão e Timão, o Paysandu vai encarar a Tuna Luso, pelo Parazão -, mas Márcio Fernandes é adepto do discurso de que o que mais importa é a partida da vez. “Trabalho de acordo com o jogo que temos pela frente. Temos o Remo agora, depois pensamos no Fluminense e depois na Tuna. Enquanto isso, o departamento de análise trabalha mais adiante, mas eu tenho que priorizar o jogo da vez”.
Conhecedor do clássico como jogador e como treinador, Fernandes sabe como poucos de como o resultado dele reverbera nos dias seguintes. “É um jogo que requer nosso máximo, sempre. Mas não muda nada em termos de classificação. O Remo será o primeiro enquanto nós o segundo, mas o torcedor vive intensamente o clássico e temos obrigação de dar o nosso melhor. Temos que colocar na balança o fato de já termos um jogo com o Fluminense na quarta-feira”.
SEM TIME RESERVA – Ainda que tenha compromissos, em teoria, mais importantes, Fernandes descartou a possibilidade de um time reserva no domingo. Ele cita um ponto importantíssimo para sustentar sua posição: “Nem temos tantos jogadores para usar um time domingo e outro na quarta-feira. Temos que ter times competitivos”.
Com cinco novos reforços, o treinador do Papão reconhece que com a chegada de alguns jogadores, ele passa a ter a possibilidade de revezar alguns jogadores, sempre deixando claro que em um clássico é obrigação sempre dar o melhor. “Nossa torcida espera sempre que estejamos na melhor condição em campo. Ainda não defini o time e estou esperando algumas situações. Seja qual for a formação a equipe será competitiva”, comentou.
Fernandes não garantiu entre os titulares nenhum dos contratados recentemente, mas elogiou a todos. “São jogadores de qualidade, que se encaixam no perfil adotado no Paysandu. Alguns já estão treinando, melhorando a competição nos treinos e nos jogos. “Isso não quer dizer que o jogador vai chegar aqui e vai dar certo, mas ele tem as características que sabemos que podem se dar bem no futebol local”.