Bola

Com humildade e muito trabalho: "Quero fazer mais história", diz Rony

Matheus de Oliveira

Embaixador do esporte paraense, o atacante Rony, de 28 anos, novamente envergou a bandeira do Pará ao lado de um novo troféu. O atleta conquistou na última quarta-feira (6) o bicampeonato nacional com o Palmeiras-SP, em uma campanha histórica da equipe paulista, ao manter a regularidade competitiva como principal definição em seu 12º Brasileirão na história.

O atleta de Magalhães Barata, em menos de 24h da consagração no Mineirão, desembarcou na capital paraense para dividir mais um ciclo vitorioso com seus familiares e amigos. O título do Brasileirão foi o décimo da parceria entre jogador e agremiação, três deles erguidos somente neste calendário.

Apesar do final de temporada em recuperação de lesão, a volta olímpica recente fechou o ano de 2023 com chave de ouro em um ciclo de extremo reconhecimento de Rony como profissional. Depois de anos com boas atuações e protagonismo com a 10 do Porco, o jovem de Vila Quadros realizou a sua estreia com a camisa mais pesada do mundo, após ter sido convocado para atuar na pela seleção brasileira em duas oportunidades.

Com 14 gols e sete assistências no ano, Rony tem atributos fundamentais em participação nessa dinastia que tem se tornado o Palmeiras-SP nas disputas de títulos nacionais e internacionais. Confira abaixo entrevista com o jogador.

P – Você tem sido uma espécie de ímã para grandes títulos. Qual o significado disso?

R – Trabalho. Nada disso se conquista fácil. Foram dez títulos pelo Palmeiras. Se não tivesse muito trabalho de todo nosso grupo, nada disso seria possível. Graças a Deus, temos conquistado coisas grandes e tenho uma honra imensa em defender o Palmeiras.

P – Apesar de ter conquistado praticamente tudo no futebol a nível de clubes, você segue humilde, talvez o seu principal traço. Como manter esse equilíbrio em meio ao sucesso?

R – Pela fé. Vim de família humilde e sei o quanto foi difícil. Esse é o mínimo que posso fazer pelos meus filhos e minha família. Procuro manter a minha essência, pois ela me mantém um ser humano melhor e mais feliz.

P – Esse ano, sem dúvida, foi especial: jogos com a amarelinha, títulos importantes. Qual o próximo passo?

R – Quero fazer mais história, conquistar mais títulos. A gente se acostuma a ganhar e eu não sou diferente.

P – Você é um dos principais representantes do esporte em nosso estado. O que significa pra você ser um espelho para uma geração de sonhadores?

R – Significa muito. Hoje os jovens precisam de referências. Eu tento dar o meu melhor para poder ajudar. Acredito que se cada um fizer sua parte, nossa juventude será melhor.

P – Por sua identificação com o estado e títulos expressivos, você se tornou uma espécie de embaixador do Pará. Aquele garoto tímido do interior imaginava isso?

R – Jamais. Sempre fui muito tímido, mas com o tempo você vai aprendendo a lidar com entrevistas e com o público. Tive que entender que também sirvo de exemplo para muitos jovens. Tudo isso me ajudou a evoluir como pessoa.

P – Qual o seu recado para diversos ‘Ronys’ espalhados pelo Pará?

R – Para nunca desistir dos seus sonhos. Nada é fácil na vida, mas com fé e trabalho tudo é possível. Saí de onde saí e hoje consegui coisas maravilhosas. Esse é o recado que posso deixar. Não desistir jamais.