PSC é dono da segunda melhor campanha da Série C. Somou 33 pontos na primeira fase, tem a melhor artilharia e um dos goleadores do campeonato. Ao lado de Mirassol e Figueirense, é um dos times que entra como favorito na fase dos quadrangulares. Nada mais justo, mas, apesar disso, há uma certa insegurança da torcida em relação ao potencial do time para conquistar o acesso.
A derrota em casa para o Floresta, na rodada final da fase de classificação, talvez tenha algo a ver com esse sentimento de dúvida. Cabe considerar as seguidas tentativas que o time fez para conquistar o acesso, desde 2019, sem êxito e com direito a frustrações com campanhas ruins e erros grosseiros de arbitragem pelo caminho.
Nem mesmo a entrada em cena do árbitro de vídeo (VAR) a partir desta fase da Série C parece trazer segurança ao torcedor alviceleste. Nos programas esportivos da Rádio Clube, nos comentários postados na internet e nas ruas, as manifestações são quase sempre desconfiadas em relação a “fatores externos”. A possível influência do presidente da CBF, torcedor e conselheiro do Vitória, só amplifica esses receios.
Ocorre que problemas extra-campo não devem estar na pauta do torcedor. O importante agora é valorizar a qualidade e a eficiência do time treinado por Márcio Fernandes. Até as preocupações que rondavam o setor defensivo da equipe, inseguro em vários momentos da fase classificatória, começam a ser desfeitas.
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A surpreendente entrada em cena do zagueiro Naylor, ex-jogador da Tuna na Série D, deu muito mais firmeza ao sistema, que antes dependia quase que unicamente da experiência de Genilson. Naylor é uma das boas novidades do time nas últimas rodadas e justamente ganhou a titularidade.
Do meio para frente, o conjunto é afinado, embora tenha exibido um certo desgaste depois que a classificação foi conquistada. Mas, por tudo que fizeram no campeonato, José Aldo, Serginho, Robinho e Marlon constituem um departamento do time digno de toda confiança.
Veterano e caro, CR7 lida pela primeira vez com rejeição
As notícias que circulam sobre os entraves que Cristiano Ronaldo enfrenta para achar um novo clube são reveladoras do novo momento vivido pelo futebol em todo o mundo. Até bem pouco tempo atrás, um craque indiscutível como CR7 jamais teria qualquer dificuldade para arranjar clube. Pelo contrário, poderia escolher onde jogar.
O problema é que as coisas mudam velozmente e a questão etária começa a pesar duramente na avaliação que os clubes fazem antes de contratar. No caso, idade significa mais desgaste e menor resistência aos duros embates das competições. No caso do craque lusitano, existem outros embaraços.
Não é qualquer projeto esportivo que tem flexibilidade para acolher um craque que também é uma grife de brilho internacional, acostumado a privilégios e que vai precisar que o time funcione em torno dele. A maioria dos clubes europeus atua com total ênfase no coletivo, sem espaço para astros que não participam do esforço de marcação.
E, acima disso tudo, pairam as cifras que envolveria a aquisição de um jogador como CR7. No Manchester United, recebe 550 mil libras por semana (cerca de R$ 3,4 milhões!). Depois de algumas sondagens, é provável que ele tenha que se contentar em ficar no United, apesar das insatisfações mútuas.
O Borussia Dortmund, que surgiu como alternativa, logo desistiu do craque pelos motivos óbvios: idade e salário. A pressa em definir um destino tem a ver com a disputa da Champions League, prioridade do atacante. A lista de clubes que fechou as portas para Cristiano surpreende pelo que ele representou até dois anos atrás.
Trata-se, afinal, de um dos maiores vencedores da história do futebol, eleito cinco vezes o melhor do mundo e um ídolo de primeira grandeza. Ocorre que o tempo, senhor da razão, segundo os filósofos, é também determinante para o voo dos grandes desportistas. Ninguém está imune a isso, nem CR7.
Congresso vai debater e atualizar a medicina esportiva
Afim de atualizar os profissionais que atuam na área desportiva, a Sociedade Paraense de Medicina do Esporte e Exercício promove em setembro (dias 16 e 17) um evento que irá colocar em discussão temas relacionados à prática de atividades físicas e esportes de alto rendimento. É o III Congresso de Medicina do Esporte e Exercício (CPMEEX), reunindo palestrantes nacionais convidados e especialistas regionais.
Entre as atrações estão o médico e ortopedista Ivan Pacheco (RS); o ortopedista Ricardo Galotti (SP); o cardiologista Nabil Ghorayeb (SP), com ampla experiência em cardiologia do esporte; e o médico Fernando Solera, coordenador da comissão de controle de doping da CBF e Conmebol.
Alguns temas pautados para o III CPMEEX são extremamente atuais: lesões musculares, canabidiol e controle de dopagem, impacto da SAF no futebol, beach tennis: lesões e medidas preventivas; qualidade do sono e performance, impacto da Covid-19 no futebol, evolução da medicina esportiva, medicina canábica, morte súbita no esporte e futebol feminino.
Representantes de Tuna, PSC e Remo irão participar dos debates, trocando experiências com médicos de outros Estados. O III CPMEEX é um evento interdisciplinar e aberto ao público interessado no assunto. As inscrições podem ser feitas pelo link: https://www.sympla.com.br/evento/iii-congresso-paraense-de-medicina-do-esporte-eexercicio/1601254. Responde pela direção científica o médico paraense Flávio Freire.