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Cobranças na pré-temporada? É bom para ficar esperto, diz meia do Remo

Matheus Miranda

Daqui a quatro dias, o Clube do Remo, enfim, marcará o seu retorno de forma oficial em competições regulares após cinco meses da sua despedida formal do calendário passado, com a eliminação precoce da Série C do Campeonato Brasileiro 2022. Apesar do pontapé inicial nesta temporada, programado para este sábado (21) frente ao Independente de Tucuruí, no Baenão, pelo Parazão 2023, as preocupações seguem as mesmas do ciclo anterior, em especial com a ausência de organização tática e peças com apresentações abaixo do esperado apontadas como gargalos durante o período preparatório. No jogo-treino diante do Caeté, no final de semana passado (14), a bronca foi grande com base no termômetro da torcida.

Após goleada sobre o Tesla, por 4 a 0, equipe amadora que serviu para dar uma maquiada no time, o Leão Azul penou contra o Guerreiro Caeteuara, time integrante da elite do Parazão, ao ter sido ‘engolido’ durante todo o primeiro tempo do amistoso em seus domínios, no Evandro Almeida. Na etapa final, embora superior no gramado, a falta da qualidade no toque final ou na criação das jogadas chamaram a atenção. O mais observado durante os 90 minutos da partida foi justamente no setor que precisa contar com tais características: o meio-campo.

Nulo na etapa inicial, com erros na articulação e na marcação, o setor de transição na etapa derradeira priorizou as jogadas laterais ao invés da infiltração pelo centro como via de ofensividade. Pablo Roberto, que atuou na função de camisa 10 nos dois amistosos, não gerou o encaixe imediato previsto para domínio azulino na partida e na criação, mas, ainda assim, o próprio acredita em um saldo positivo para a sequência do projeto. “Foi um amistoso bom. Creio que o professor conseguiu tirar conclusões melhores da nossa equipe, testou jogadores em posições diferentes. Eu avalio como uma continuidade da nossa pré-temporada para iniciar o campeonato bem”, disse.

Justamente pela falta de criação e falhas contínuas de marcação, que resultou ao Remo sair atrás do placar, a torcida não poupou vaias para ligar o sinal imediato de alerta em começo de temporada. De acordo com o atleta, o cenário faz parte e estimula bastante o processo de evolução interna. “A gente sabe o quanto o Remo é grande. A gente sabe a responsabilidade que temos em vestir essa camisa. A cobrança do torcedor mostra o quanto eles estão unidos com a gente. É uma cobrança que temos que levar para o lado bom e fazer valer em campo”, avalia.