Há exatos cinco anos, o futebol brasileiro perdeu um de seus personagens mais marcantes: Ubiratã Silva do Espírito Santo, o eterno “Bira Burro”. Centroavante combativo, de presença física e faro de gol, Bira deixou sua marca em grandes clubes do país e também fora dele, mas foi no Clube do Remo e no Internacional, campeão invicto do Brasileirão de 1979, onde se tornou ídolo e figura inesquecível, que consolidou sua trajetória de artilheiro. A morte, aos 65 anos, vítima de um câncer, deixou uma lacuna no coração de torcedores que até hoje recordam sua entrega em campo e sua irreverência fora dele.
No Clube do Remo, Bira ocupa um lugar de destaque entre os maiores goleadores da história. Foram 115 gols marcados, números que o colocam como o quinto maior artilheiro azulino, em uma das fases mais ricas do futebol paraense. Seu nome se confunde com a memória afetiva de uma geração que lotava os estádios para vibrar com suas arrancadas e cabeçadas certeiras. Do outro lado do país, o Internacional também não o esquece: em Porto Alegre, ele é lembrado como peça importante no ataque de um dos elencos mais vitoriosos da história colorada.
Legado e Memória de Bira
Bira ainda vestiu camisas de clubes como Paysandu, Atlético Mineiro, Juventus-SP, Central-PE e Estudiantes Tecos, do México, deixando rastros de respeito por onde passou. Mas mais do que os números e títulos, permanece a lembrança de um jogador que viveu o futebol de forma intensa, sem perder a simplicidade e a alegria. Hoje, ao se completar meia década de sua partida, Remo e Inter reafirmam em suas homenagens que Bira segue vivo na memória das arquibancadas, como símbolo de raça, talento e paixão.