IGOR SIQUEIRA E RODRIGO MATTOS
RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – A CBF pagou um valor entre R$ 6 milhões e R$ 7 milhões ao Fluminense para contar com o técnico Fernando Diniz. Esse montante é referente a uma parte da multa do contrato do treinador com a agremiação tricolor no caso de rescisão.
Diniz renovou seu contrato com o Fluminense no final do ano passado, novo compromisso é válido por dois anos até o final de 2024. A multa é proporcional ao valor completo do acordo. Segundo dirigentes envolvidos, a CBF precisou desembolsar 50% do valor que Diniz ainda tem a receber pelo Flu.
O regime de contratação principal em ambos os empregadores é a CLT, isso é possível, desde que nenhuma das partes exija exclusividade.
Em sua primeira entrevista, o técnico da seleção, Fernando Diniz, afirmou que não teria saído do Fluminense se isso fosse obrigatório para ocupar o cargo na seleção.
“Essa questão de ser exclusivo da CBF nunca foi mencionada. Para falar a verdade, nesse momento de competições com o Fluminense eu nunca sairia, apesar do sonho. Teria que adiar”, disse.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, iniciou a negociação por meio do presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, na quinta-feira passada. Na ocasião, ele perguntou se seria possível contar com o treinador.
Segundo Bittencourt, foi feito um modelo pelo qual o tempo de Diniz seria dividido entre os dois cargos, Fluminense e seleção. Nesta negociação, também foi conversado sobre o pagamento de uma indenização ao clube pelo treinador.
Como não houve rescisão de contrato, houve uma negociação em torno de metade do que efetivamente teria de ser pago em caso de rescisão. Esse valor corresponde a um montante entre R$ 6 milhões e R$ 7 milhões, segundo apurou a reportagem.