Nildo Lima
O Departamento Jurídico do Paysandu bem que tentou, mas não conseguiu evitar que o time bicolor faça dois jogos pela Série C do Brasileiro como mandante tendo público limitado a mulheres e menores de idade. O Papão entrou com recurso no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para tentar suspender a pena imposta pela 3ª Comissão Disciplinar da Corte por conta das brigas entre torcedores no jogo contra o Operário-PR, no estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa, no Paraná. Mas, ontem, o Pleno do Tribunal manteve a pena, que só será cumprida após o jogo de domingo, contra o Náutico-PE, pela 17ª rodada.
Além da restrição de público, o STJD também manteve a multa de R$ 30 mil fixada pela 3ª turma do órgão. Como após a partida do próximo final de semana o Papão só tem mais um jogo como mandante na 1ª fase da Terceirona, contra o Pouso Alegre-MG, no dia 20, a outra partida só será cumprida este ano caso a equipe bicolor garanta classificação à 2ª etapa da competição. Do contrário, o cumprimento do restante da condenação ficará para a temporada 2024.
De acordo com o relatório do árbitro Gustavo Ervino Bauermann, a confusão no “Germano Krüger” teve início com o arremesso de duas bombas por torcedores do Paysandu contra a torcida do time paranaense, que partiu para o revide. A confusão, conforme relato do chefe do policiamento no estádio, tenente Paulo Cezar Ramos Filho, ao árbitro, o tumulto foi controlado sem a necessidade de paralisação da partida. Enquanto aguardava pela apreciação de seu recurso pelo STJD, o Paysandu ainda pôde enfrentar o Brusque-SC, Clube do Remo e CSA-AL com a presença de público geral na Curuzu e no Mangueirão, onde o Re-Pa foi disputado.