Até a última sexta-feira, o “caso Ari Barros” continuava rendendo nos bastidores do Paysandu. O treinador Hélio dos Anjos tratou do assunto após a derrota sofrida pelo time bicolor diante do Santos. Antes de a bola rolar, conforme matéria publicada pelo DIÁRIO, o vice-presidente Roger Aguilera havia anunciado o afastamento do ex-executivo de futebol do clube. Em seu pronunciamento, o treinador admitiu ter tido desentendimento com Barros, chamando para si a responsabilidade pela questão, isentando a diretoria bicolor de qualquer responsabilidade.
“Eu não vou deixar nada nas costas da direção, o problema foi comigo mesmo. Então, eu tenho que ser homem para isso. E eu falo a verdade. Foi avisado, orientado, reuni, pedi, orientei, falei. Se eu for enumerar os problemas que tive relacionado a isso, eu vou ficar até 21h, porque eu posso relacionar e contar”, declarou Dos Anjos.
O treinador abriu o baú, contando que o desentendimento com Barros não havia começado agora, mas sim desde o ano passado, quando o Papão estava disputando a Série C do Brasileiro.
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“Na virada do ano, quando a direção sentou comigo, me pediram uma orientação e eu disse para permanecer, seguir com a nossa equipe de trabalho, mas eu já estava tendo problema. Eu sou um cara que aquilo que me cabe eu assumo. Então, para mim, teve motivos para me desentender profissionalmente. As pessoas acham que é questão de ego, não é! Eu cheguei a conversar um dia por duas horas e meia, mostrando, pedindo, orientando, fazendo comparações, até mesmo com o presidente do clube”, declarou o treinador.
A saída do executivo deve ser anunciada pelo clube de forma oficial nos próximos dias. Em princípio a diretoria planeja encontrar uma solução caseira para preencher a vaga deixada por Barros. Quem deve assumir o cargo é o diretor da base Éder Delarice, conforme antecipou o vice-presidente Roger Aguilera, na noite da última sexta-feira.
