REPERCUSSÃO

Carlo Ancelotti no comando do Brasil: saiba o que dizem os nomes do futebol paraense

A Confederação Brasileira de Futebol oficializou, nesta segunda-feira (12), a chegada do italiano Carlo Ancelotti, o primeiro estrangeiro a comandar a Seleção Brasileira

A Confederação Brasileira de Futebol oficializou, nesta segunda-feira (12), a chegada do italiano Carlo Ancelotti, o primeiro estrangeiro a comandar a Seleção Brasileira
A Confederação Brasileira de Futebol oficializou, nesta segunda-feira (12), a chegada do italiano Carlo Ancelotti, o primeiro estrangeiro a comandar a Seleção Brasileira. Foto: CBF

A Confederação Brasileira de Futebol oficializou, nesta segunda-feira (12), a chegada do italiano Carlo Ancelotti, o primeiro estrangeiro a comandar a Seleção Brasileira de Futebol na história. Trata-se de um movimento estratégico da entidade, que aposta na experiência, no currículo e na solidez de um dos técnicos mais respeitados do futebol mundial para liderar o ciclo até a Copa do Mundo de 2026. A nomeação do treinador europeu ocorre após sua saída do Real Madrid, onde acumulou novos títulos e reafirmou sua posição entre os maiores técnicos da história do esporte.

Aos 65 anos, Ancelotti carrega um histórico vitorioso que inclui quatro conquistas da UEFA Champions League — duas com o Milan e duas com o próprio Real Madrid —, além de títulos nacionais na Itália, Inglaterra, França, Alemanha e Espanha, um feito inédito entre os treinadores. Reconhecido por sua capacidade de gestão de grupo, inteligência tática e postura equilibrada fora das quatro linhas, o treinador chega ao Brasil como símbolo de um novo momento para a seleção, que busca reencontrar sua grandeza em competições internacionais após resultados aquém das expectativas nas últimas Copas.

Repercussão da Escolha de Ancelotti

A escolha dividiu opiniões, como costuma acontecer em decisões de grande porte. No Pará, duas vozes com larga vivência no futebol ofereceram visões distintas sobre o assunto. Para Agnaldo de Jesus, o “Seu Boneco”, ex-jogador, treinador e coordenador técnico, a decisão da CBF foi acertada. “Eu achei uma aquisição para a Seleção Brasileira muito boa. Precisávamos de um nome forte, um treinador supercampeão. Só de Champions ele tem quatro ou cinco. O próprio torcedor clamava por isso”, afirmou. Agnaldo pondera que, embora o Brasil tenha treinadores capacitados, o momento exigia alguém com peso internacional e autonomia para montar sua equipe com liberdade. “Não é garantia de sucesso, mas dá esperança. Ele tem know-how e não vai aceitar interferência de empresário ou dirigente. Se deixar ele trabalhar, as coisas podem caminhar bem”, diz.

Em outra perspectiva, o ex-atacante Edil manifestou sua discordância com a contratação de um técnico estrangeiro. Para ele, o ideal seria apostar em um treinador que compreendesse melhor a realidade e a cultura do futebol brasileiro. “Eu sou contra. Esse treinador de fora não conhece o futebol brasileiro. Nós temos bons treinadores aqui, como o do Palmeiras, o Renato Gaúcho, e outros surgindo. Precisamos de um técnico que conheça os nossos jogadores e que mude a postura da seleção”, opinou. Edil acredita que a Seleção precisa reencontrar sua identidade e jogar com mais entrega. “Falta atitude. Quando meter a camisa da seleção, tem que jogar com garra, como os argentinos fazem. Tem que ralar mesmo”, aponta.

‘Carlo Ancelotti é uma escolha muito interessante. Técnico de currículo excelente, vitorioso no futebol europeu, com boas soluções táticas e que sabe montar bons times. O lado mais interessante é o histórico de trabalhar com jogadores brasileiros, casos de Kaká, Vinícius Jr., Rodrygo, Eder Militão e Endrick. Gosta também de preparar jovens talentos, justamente o que mais a Seleção Brasileira precisa. Caso tudo de fato se confirme, podemos dizer que a CBF finalmente acertou a mão. Tomara que não interfira no trabalho dele, como é praxe com treinadores brasileiros’, avaliou o jornalista, colunista do Bola e comentarista da Rádio Clube do Pará, Gerson Nogueira.

O desafio de Ancelotti representa um momento de transição, em que o Brasil tenta alinhar modernidade e tradição, estrutura internacional e alma nacional.