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Cargo ameaçado? Hélio dos Anjos rechaça pressão no Paysandu

Cargo ameaçado? Hélio dos Anjos rechaça pressão no Paysandu Cargo ameaçado? Hélio dos Anjos rechaça pressão no Paysandu Cargo ameaçado? Hélio dos Anjos rechaça pressão no Paysandu Cargo ameaçado? Hélio dos Anjos rechaça pressão no Paysandu
Técnico não está preocupado com a possibilidade da demissão; mas a Fiel quer a vitória para voltar a confiar no trabalhoTécnico não está preocupado com a possibilidade da demissão; mas a Fiel quer a vitória para voltar a confiar no trabalho. Foto: Jorge Luis Totti/PSC
Técnico não está preocupado com a possibilidade da demissão; mas a Fiel quer a vitória para voltar a confiar no trabalhoTécnico não está preocupado com a possibilidade da demissão; mas a Fiel quer a vitória para voltar a confiar no trabalho. Foto: Jorge Luis Totti/PSC

Nildo Lima

Da mesma forma que o atacante vive de gol, no futebol, o treinador também sobrevive de resultados e esses resultados não estão acontecendo no Paysandu, o que coloca em xeque a permanência do treinador Hélio dos Anjos, 66 anos, no comando da equipe. Dos 15 pontos disputados pelo Papão até aqui na Série B do Brasileiro, a equipe só conseguiu vencer três, o que representa o mísero aproveitamento de 20%. O aproveitamento é similar ao de Guarani-SP e Ituano-SP e inferior aos 26,7% do Botafogo-SP, que encabeça a zona de “degola” do campeonato. O time bicolor ocupa a lanterna da competição nacional.

Apesar do retrospecto negativo de sua equipe, Dos Anjos assegura não estar preocupado com a possibilidade do desemprego já na partida de sábado, contra o Amazonas-AM, em Manaus, pela 6ª rodada da Segundona. “Não trabalho precisando de alguém para me pressionar”, disse. “Não sou treinador de trabalhar com o se ganhar (fica), se não ganhar vai embora”, ratificou Dos Anjos, rebatendo as notícias que diziam que ele tinha sido cobrado pela diretoria do Paysandu antes do jogo de anteontem, contra o Goiás-GO, quando o time voltou a desperdiçar pontos em casa.

“Teve conversa de que a diretoria conversou comigo e que se eu não ganhasse o jogo (contra o Goiás) seria demitido. Conversei cinco minutos com o presidente (Maurício Ettinger) e ele veio me avisar que o salário iria sair ontem (anteontem). Conversei cinco minutos com o Roger (Aguilera, vice-presidente), que me apresentou um jogador”, revelou. Dos Anjos fez elogios ao comando administrativo do clube. “A postura da minha direção é uma postura profissional, nossas discussões são profissionais. O presidente sabe, a diretoria sabe que enquanto o Hélio dos Anjos estiver aqui as coisas estão sob controle”, disse.

A diretoria bicolor pode até seguir prestigiando o trabalho de Dos Anjos, que levou, no ano passado, o Papão de volta à Série B, depois de cinco anos afastado da divisão. Mas a pressão da torcida pela troca de treinador pode, de repente, ficar insustentável diante de um novo tropeço no campeonato. Os resultados adversos da equipe, principalmente nas partidas em casa, contra o Botafogo, Avaí e Goiás já incomoda uma grande parte da Fiel. Só uma vitória no próximo final de semana, na Arena da Amazônia, pode fazer com que o torcedor descontente volte a confiar no trabalho do treinador, cuja o time até tem jogado bem, mas não tem conseguido o principal: vencer.