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'Bravura do Leão empolga torcida', avalia Gerson Nogueira

O Remo jogou do jeito que o povo gosta. Tomou o gol por um erro individual, mas encontrou forças para a virada ainda na etapa inicial. Foto: Wagner Almeida / Diário do Pará.
O Remo jogou do jeito que o povo gosta. Tomou o gol por um erro individual, mas encontrou forças para a virada ainda na etapa inicial. Foto: Wagner Almeida / Diário do Pará.

Bravura do Leão empolga torcida

O Remo jogou do jeito que o povo gosta. Tomou o gol por um erro individual, mas encontrou forças para a virada ainda na etapa inicial, com dois gols resultantes de uma excelente movimentação no setor de meio-de-campo. Perdeu um jogador e passou o 2º tempo resistindo bravamente à pressão adversária até garantir a vitória.

No papel, Remo e Amazonas têm times desiguais. O representante amazonense, que vai disputar a Série B, tem jogadores que já se conhecem há mais tempo e um técnico remanescente da campanha de 2023.

Ainda assim, no confronto de ontem à noite, no Baenão, essa diferença técnica não foi determinante. Contou muito mais a intensidade que o Remo impôs ao jogo, correndo e marcando como a torcida há tempos pedia. Sob o comando de Gustavo Morínigo, o time não dá espetáculo, mas entrega raça.

Não é pouca coisa. O Remo pré-Morínigo era inteiramente diferente, quase sempre apático e pouco intenso. Desde sua chegada, é evidente o crescimento da defesa, com a melhoria se refletindo na performance do goleiro Marcelo Rangel, um dos destaques diante do Amazonas.

Com ações pontuais na formação da zaga, ele conseguiu incutir um sentido de resistência e concentração fundamental para que as coisas se normalizassem. O resultado disso é visível.

Diante de um ataque forte e com repertório, como o do Amazonas, a linha defensiva do Leão teve uma atuação destacada, apesar do erro primário de Nathan no lance do gol sofrido aos 14 minutos. Ele tentou driblar, mas optou pelo lado errado e perdeu a bola. Diego Torres chutou, a bola desviou em Jonilson e matou o goleiro Marcelo Rangel.

Mesmo com a frustração, a torcida seguiu apoiando e acreditando. Dez minutos depois, Matheus Anjos recebeu nas costas da zaga, avançou até a área e deu um passe precioso para Echaporã empatar a partida.

Nos acréscimos, um belíssimo passe de Henrique em profundidade para Ribamar, que venceu a marcação na velocidade e mandou um chute rasteiro, para virar o marcador. Ainda houve um pênalti claro, com a bola batendo no braço de um zagueiro do Amazonas, mas o atrapalhado árbitro Sávio Sampaio mandou o jogo seguir.

Nem bem o 2º tempo começou e o time azulino sofreu um baque tremendo. Echaporã recebeu o segundo amarelo e foi expulso. Por quase 50 minutos, o time resistiu bravamente, suportando com altivez o cerco do Amazonas.

A vitória do Leão foi valorizada pela excelente presença do goleiro Marcelo Rangel, paredão responsável por quatro defesas decisivas, em chutes de Sassá, Jô, Diego Torres e Patrick. Atuações firmes de Jonilson, Matheus Anjos, Jaderson, Henrique e Ronald.

Morínigo passou no teste mais espinhoso deste início de trabalho. Depois de duas vitórias no Parazão e duas na Copa Verde, o técnico ganha a confiança da torcida para avançar no processo de reconstrução do time.

Onça impôs pressão após a expulsão de Echaporã

Era um jogo equilibrado até o final do 1º tempo. O 2º tempo parecia destinado a ser ainda mais brigado, mas, com a expulsão de Echaporã, o Remo viu-se obrigado a recuar. A partir daí, foi sufoco o tempo todo. Diego Torres ficou à vontade para distribuir passes e lançar bolas na área.

Nas poucas ocasiões em que conseguiu articular uma saída de bola com passes de pé em pé, o Remo levou perigo. Kelvin, mesmo com dupla marcação, criou duas situações muito perigosas pelo lado direito.

Na primeira, Nathan desperdiçou um passe de Renato Alves, mandando a bola por cima. Se tivesse observado o interior da área, veria Ytalo livre para receber o cruzamento. Depois, Kelvin driblou a marcação e tocou rasteiro, mas o centroavante azulino foi desarmado quando ia arrematar.

A postura cautelosa para preservar o resultado é compreensível, afinal há um desgaste maior com um jogador a menos, mas não pode ser uma camisa de força. Chutões a esmo poderiam ser substituídos por passes para cadenciar o jogo e preparar jogadas capazes de incomodar o adversário.

De toda sorte, o resultado amplamente festejado pelo torcedor presente ao Baenão tem a ver com a virada de 2 a 1 e principalmente com a constatação de que o time agora tem fibra e vontade de vencer.

Papão desafia o Manaus na capital baré

Hélio dos Anjos tem feito mexidas constantes no time do Papão em busca do melhor ajuste possível. Por isso, em jogos da Copa Verde, tem utilizado jogadores que nem sempre entram nas partidas válidas pelo Parazão.

Começa pelo gol, onde Diogo Silva é o titular na CV e Matheus Nogueira é escalado no certamente estadual. Além disso, o meio-de-campo pode ter mudanças hoje diante do Manaus, na capital amazonense.

Biel, autor de dois gols contra o Bragantino, tem presença certa, assim como Leandro Vilela e Robinho. O ataque terá Nicolas e Edinho, com a provável participação de Vinícius Leite.

É um compromisso considerado difícil, mas que o time paraense tem plenas condições de conquistar um bom resultado.

Águia conquista o primeiro troféu da temporada

O Águia não para de acumular conquistas e colecionar troféus. O mais recente é do Troféu Camisa 13/RBATV da temporada. Por ser o único time interiorano semifinalista do Campeonato Paraense (com 18 pontos conquistados), o Azulão já é o campeão TC13 do interior.

Em verdade, o Águia é bicampeão, pois no ano passado, além de ter conquistado o inédito título do Parazão, a equipe de Marabá também ficou com o troféu concedido ao melhor time do interior. A premiação será feita no próximo dia 16 de abril, na grande festa dos melhores do campeonato.