A seleção masculina de vôlei sofreu com a azarona China no primeiro set, mas reagiu para vencer por 3 a 1 e carimbar o retorno à semi da Liga das Nações após três anos. A virada brasileira em Ningbo Beilun, em solo chinês, foi com parciais de 29-31, 26-19, 25-16 e 25-21 em quase 2h de jogo.
Melhor equipe do torneio, o Brasil assustou com oscilações no início, mas conseguiu se recompor e confirmou o favoritismo na sequência. A China avançou ao mata-mata apenas por ser o país sede, mas quase chocou os favoritos. De volta ao torneio após um ano de ausência, os chineses terminaram a fase de grupo em penúltimo, com apenas três vitórias em 12 partidas, enquanto os brasileiros lideraram. O duelo anterior entre as seleções havia terminado com atropelo tupiniquim por 3 a 0.
A equipe de Bernardinho enfrenta na próxima fase o vencedor de Japão x Polônia, que será disputado nesta quinta-feira (31), às 8h (de Brasúlia). O duelo da semi ocorre no próximo sábado, 2 de agosto, às 4h, novamente na China.
A seleção masculina retorna à semifinal depois de três edições e busca seu segundo título da Liga das Nações. Campeão em 2021 após ter terminado em quarto nos dois primeiros anos do torneio, o Brasil não ficava entre os quatro melhores desde 2022.
Alan foi a constante do Brasil durante todo o jogo e o maior pontuador isolado. Único que não oscilou, o oposto de 31 anos terminou a partida com 24 pontos. Bergmann foi o segundo melhor do lado brasileiro no ataque, com dez pontos, mas acumulou erros e alternou entre altos e baixos.
COMO FOI O JOGO
A China surpreendeu e foi superior para sair na frente em um primeiro set parelho. Apesar do equilíbrio, a parcial contou com a equipe da casa ditando o ritmo, enquanto os visitantes pareciam desconfortáveis em quadra. O Brasil não conseguiu se impor, sofreu com o contra-ataque e até salvou meia dúzia de set points, mas pagou pelos seguidos erros. Os chineses acabaram dominando os favoritos com 6 a 0 em bloqueios no set inicial.
O Brasil seguiu oscilando no segundo set até que, enfim, deslanchou após assumir a liderança no placar. A China voltou com a mesma intensidade e comandou as ações até abrir 17 a 14, mas empacou. Foi quando os brasileiros reagiram, viraram o marcador e emendaram nove pontos seguidos para empatar as parciais. A entrada de Lucarelli deu novo fôlego e mudou a dinâmica da equipe em quadra.
A seleção masculina fez jus ao favoritismo e manteve o embalo na terceira parcial. Passado o susto inicial, os brasileiros se soltaram, cresceram de produção e acuaram os adversários. Os chineses demonstraram terem sentido o golpe da mudança de atmosfera. Com a pressão aliviada, Bernardinho rodou as peças do elenco para fechar o set e fazer 2 a 1.
A China voltou a endurecer no quarto set, mas o Brasil freou a tentativa adversária de voltar ao jogo. Impulsionado pela torcida, Jiang comandou um último esforço da seleção da casa na partida e incomodaram novamente os brasileiros. O placar alternou entre os lados até a seleção masculina reassumir as rédeas e confirmar a vitória.