Botafogo x Pachuca: Onde assistir jogo da Copa Intercontinental

Pisar no gramado do Estádio 974, em Doha, para a estreia na Copa Intercontinental, contra o Pachuca-MEX, nesta quarta-feira, às 14h (de Brasília), certamente será especial para os jogadores do Botafogo. Mas para dois deles a experiência vai além. Thiago Almada e Alex Telles voltam ao mesmo palco em que estrearam numa Copa do Mundo. Só o argentino terminou campeão, mas a experiência marcou a carreira de ambos. Lembranças que servem de inspiração para, quem sabe, a dupla buscar outro momento de glória.

Curiosamente, os dois jogaram muito pouco no 974. Almada, então uma jovem promessa argentina de 21 anos, atuou por apenas seis minutos na vitória de sua seleção (2 a 0) sobre a Polônia, pela fase de grupos. Foi sua única participação no torneio. Mas justamente no confronto que representou a guinada de Messi & Cia rumo ao título.

Com Telles não foi muito diferente. O lateral-esquerdo atuou por quatro minutos na vitória sobre a Suíça (1 a 0), no 974. Entrou no lugar de Alex Sandro, hoje no Flamengo, que se lesionara. Naquele momento, tudo indicava que ele assumiria a posição. Só que, no jogo seguinte, viveu a frustração de romper parcialmente o ligamento do joelho direito na derrota para Camarões (1 a 0).

Antes de se despedir do Catar, o lateral ainda retornaria ao 974, já em tratamento, para acompanhar da arquibancada a vitória (4 a 1) do Brasil sobre a Coreia do Sul, pelas oitavas. Agora, celebra a nova chance de conquistar um título mundial.

– Quando cheguei para o treino passou um filme na cabeça. Estive aqui no Mundial em 2022, tive a felicidade de estrear numa Copa do Mundo com a seleção nesse estádio. Mas também tive um momento menos positivo, que foi voltar aqui nas oitavas machucado. Mas olha como Deus é bom e te prepara sempre momentos maravilhosos. Eu não desisti em momento algum, sempre tive essa ambição de poder fazer essa resiliência, treinar, trabalhar e saber que esse momento chegaria novamente – comentou.

– Pelo destino, vim aqui com um clube brasileiro, com o Botafogo, para jogar esse Mundial no mesmo estádio em que estive na Copa. É um privilégio muito grande.

Passada a Copa, os dois seguiram caminhos diferentes pelas seleções. Telles voltou a ser lembrado nas convocações durante a passagem interina de Ramon Menezes, no primeiro semestre de 2023. Depois, perdeu espaço. Já Almada foi titular e capitão da Argentina no Pré-Olímpico e nos Jogos de Paris. Também segue sendo chamado para a principal. Mas, até pela pouca idade, ainda entra pouco em campo.

No Botafogo, contudo, os dois são peças que chegaram no meio do ano e rapidamente se tornaram parte do esquema de Artur Jorge. O argentino chegou em julho como contratação mais cara do futebol brasileiro. Imediatamente ele virou integrante do quarteto ofensivo que faz do alvinegro uma equipe tão letal. Já disputou 25 partidas, sendo 23 como titular, e participou diretamente de cinco gols (três marcados por ele e duas assistências). A esperança de vitória sobre os mexicanos passa por seus pés.

Telles chegou mais tarde e de forma menos badalada. Contratado no último dia da janela de transferências, chegou sem custo de transferência (ele rescindira com o Al-Nassr). Mas logo se mostrou tão importante quanto. Assumiu imediatamente a esquerda. Em 16 jogos (13 como titular), ajudou a fortalecer a defesa pelo seu lado e ainda se mostrou uma importante opção ofensiva. Já possui um gol e uma assistência com a camisa alvinegra.

– A vontade de dar o máximo junto com meus companheiros e fazer deste momento histórico é a maior possível – concluiu Telles.