Na noite desta sexta-feira (18), o portal GE divulgou o conteúdo integral de uma carta enviada pelo Botafogo aos acionistas da Eagle Football Holding, grupo que administra clubes como Botafogo e Lyon. O documento, assinado por executivos da SAF do clube carioca, expressa apoio irrestrito a John Textor e teve papel importante para impedir sua retirada do comando do Glorioso.
Conhecido internamente como “carta de lealdade”, o manifesto destaca a transformação vivida pelo clube sob a liderança do empresário norte-americano. Com seis páginas e assinaturas de mais de 20 dirigentes e executivos, o texto ressalta que o Botafogo deixou para trás o caos financeiro e esportivo para viver uma era de renascimento, com títulos históricos, crescimento de receita, redução de dívidas e projetos estruturais em andamento.
Entre os principais avanços citados estão:
- A queda da dívida de R$ 1,2 bilhão para R$ 500 milhões;
- A receita do clube saltando de R$ 140 milhões para R$ 719 milhões;
- O planejamento do novo estádio com capacidade para 40 mil torcedores;
- Um novo centro de treinamento com padrão internacional;
- E a presença do Botafogo entre os grandes clubes da América do Sul.
A carta também faz um alerta: caso Textor seja afastado ou tenha sua liderança enfraquecida, os signatários prometem deixar seus cargos em até 48 horas. “Se John for forçado a sair, sairemos com ele. Sem ele, não há razão para permanecer”, afirma o manifesto.
Além disso, os dirigentes rejeitam o que chamam de pressões políticas e corporativas por parte dos novos controladores do Lyon, como a Ares Management e a presidente Michele Kang. Segundo o documento, qualquer tentativa de afastamento sem diálogo será vista como traição aos valores do projeto de reconstrução do clube.
A carta é, acima de tudo, uma defesa apaixonada da continuidade de Textor no comando da SAF Botafogo e um pedido de união em torno do projeto iniciado há pouco mais de três anos.