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Bola de Prata, ex-goleiro do Remo ganha biografia

A obra, contendo 400 páginas, foi escrita pelo engenheiro civil Mauro Humberto Brandão, 57 anos, conterrâneo do ex-goleiro. Foto: Divulgação
A obra, contendo 400 páginas, foi escrita pelo engenheiro civil Mauro Humberto Brandão, 57 anos, conterrâneo do ex-goleiro. Foto: Divulgação

Nildo Lima

Um senhor “paredão”, quando a expressão nem existia no futebol. Assim foi o goleiro Edson Cimento, de 68 anos, ao longo de quase três décadas, quando atuou por diversos clubes do futebol brasileiro. O ex-arqueiro, que segue envolvido com o mundo da bola, trabalhando como preparador de jogadores da posição, escreveu seu nome na história do futebol.

Agora, a brilhante carreira do ex-camisa 1, iniciada, profissionalmente, no Sporting Clube, em 1972, ganha as páginas do livro “Edson Cimento – O melhor goleiro do Brasil em 1977”, cujo lançamento acontece hoje, às 20h, no Clube Nassau, em Capanema, terra natal de Cimento.

A obra, contendo 400 páginas, foi escrita pelo engenheiro civil Mauro Humberto Brandão, 57 anos, conterrâneo do ex-goleiro e que levou cerca de cinco anos levantando detalhes da trajetória do biografado no futebol local e também nacional.

“Tive de pesquisar os jornais impressos do período de 1969 a 1992”, revela o escritor. Brandão também teve de manusear livros e revistas, principalmente as esportivas, entre elas Placar e a Gol (extinta), assim como acessar a blogs e sites na internet, tudo isso para tentar evitar passar batido em alguma informação preciosa sobre a vida, dentro de campo, do ex-goleiro.

A biografia, cujo ponto alto é, sem dúvida, a conquista da Bola de Prata por Cimento, em 1977, quando ele atuava pelo Clube do Remo, vai além das quatro linhas do campo. Como o próprio escritor diz, “tudo começa no parto” do ex-goleiro, registrado no cartório como Carlos Edson Paiva Damasceno.

O apelido de Cimento, que defendeu 12 clubes ao longo da carreira, surgiu em razão da cidade de origem do ex-jogador, que abriga há anos uma das maiores fábricas do produto no Brasil. A entrada de Cimento no futebol se deu, conforme conta a obra, pela porta da seleção de Capanema, em 1970, quando ele estreou no Campeonato Intermunicipal defendendo o selecionado.

A partir da estreia na competição de seleções interioranas, Cimento passou a ganhar projeção local, sendo contratado, ao sair do Sporting Clube, pela Tuna Luso, em 1973. As grandes atuações com a camisa da Cruz de Malta paraense, pela qual o ex-arqueiro jogou por dez anos, com ida e vindas, levaram Cimento ao Paysandu, em 1974, e, depois ao Clube do Remo, no qual atingiu o ponto máximo de sua carreira durante o Brasileirão de 1977, quando desbancou goleiros bem mais famosos como Cantarelli, do Flamengo-RJ, Raul, do Cruzeiro-MG, Leão, do Palmeiras-SP, entre outros renomados, na conquista da Bola de Prata, da Placar.

O livro conta com o prefácio do jornalista e professor de comunicação Antônio Carlos Pimentel. A orelha é do também jornalista e radialista Guilherme Guerreiro. A obra, que estará disponível nas livrarias e revistarias de Belém a partir da próxima semana, vale a pena ser adquirida e lida. Não só pela interessante carreira do ex-jogador, mas, também pelo texto leve e envolvente desenvolvido por Brandão.

PRESTIGIE

LANÇAMENTO DO LIVRO

l Livro: “Edson Cimento – O melhor goleiro do Brasil em 1977”

l Autor: Mauro Humberto Brandão

l Lançamento: Hoje, às 20h

l Local: Clube Nassau (Capanema/PA)

l Preço: R$ 50