
Calma. Foi o que pediu o goleiro Gabriel Mesquita ao torcedor do Paysandu após a derrota de ontem à noite, diante do Vila Nova, na Curuzu. Na saída de campo, o arqueiro procurou amenizar o tropeço do time bicolor, ressaltando que o returno da Série B só está começando. “Vamos colocar a cabeça no lugar para que a gente vá tranquilo para recuperar esses pontos, com muito empenho e dedicação, no jogo contra a Chapecoense”, recomendou. “É uma derrota que dói realmente, mas a gente tem 17 rodadas pela frente para reverter a situação”, apontou o goleiro, que não teve como evitar o gol de João Vieira.
O Papão, que antes ostentava uma invencibilidade de nove partidas, viu o jogo virar. Agora, são quatro partidas sem vencer na competição nacional.
Mesquita seguiu na análise do jogo, admitindo que o Papão não foi o mesmo de outros jogos no Brasileiro. “Hoje (ontem) não conseguimos concluir bem as jogadas”, avaliou. “Não conseguimos terminar as jogadas como a gente tem feito. O goleiro deles não fez nenhuma defesa difícil. Faltou ser mais incisivo”, comentou. Após a partida, os jogadores Edilson e Thalisson discutiram acirradamente no meio de campo. Já o executivo de futebol Carlos Frontini entrou em campo para cobrar satisfação da arbitragem. E o preparador de goleiros Silvano Austrália, para variar, criava problemas com o adversário.
Bastidores e repercussão
Nas entrevistas, Frontini tentou explicar o que lhe levou a tomar satisfação com o apitador do jogo. “Eu falei para ele: ‘você é um covarde, um mentiroso e covarde ao dizer que eu agredi o seu assistente. Então você relata aí na súmula que você é um covarde’”, disse o executivo, que nem deveria estar à beira do gramado, visto que não é membro da comissão técnica e que, neste tipo de caso, só serve para tumultuar o ambiente. O funcionário bicolor deve pegar, no futuro, um “gancho” do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), como costuma ocorrer em situações parecidas.
Antes do término do jogo, o árbitro gaúcho Jonathan Benkenstein Pinheiro recolheu um objeto que foi atirado para o gramado, provavelmente, por algum torcedor bicolor descontente com a apresentação de seu time. É mais uma bronca que deve estourar no futuro, dando trabalho para o Departamento Jurídico bicolor.