Matheus de Oliveira
A falta de capricho no toque final na cara do gol tem sido uma verdadeira tortura para todos os integrantes do Clube do Remo nesta Série C do Campeonato Brasileiro. Os erros grotescos, com direito a meta escancarada e sem goleiro, têm punido a equipe com a ausência de pontos determinantes para uma melhor colocação na tabela de classificação. A limitação, dessa maneira, faz com que o torcedor olhe diretamente para um atleta que iniciou a temporada com faro de gol apurado: o atacante Muriqui. Artilheiro da agremiação no ano com 11 gols, o atleta está há oito partidas consecutivas sem balançar as redes adversárias.
A falta de corrida para o abraço do camisa 10, em teoria, tem fundamento. Desde a chegada de Ricardo Catalá, Muriqui tem atuado de maneira distinta de como iniciou o ano de 2023, na referência do ataque. Agora, mais centralizado, como um meia-atacante, a sua posição é o de auxílio aos companheiros na frente devido ao seu repertório.
Apesar da seca, Muriqui mantém a personalidade ao projetar otimismo para a sequência da equipe de forma coletiva e pela performance individual. “Relmente é um jejum grande. Desde que cheguei ao Remo não tinha ficado dois jogos sem marcar, sempre no terceiro eu marcava gol. Essa é a pior sequência que tenho tido com a camisa do Remo, a ansiedade sempre vem. Ela é normal. Eu vim contratado com a missão de fazer gols, embora tenha jogado mais recuado. Estou muito ansioso para poder marcar, a cobrança é sempre grande. Espero que no próximo jogo consiga marcar e ajudar a equipe. Particularmente tenho trabalhado muito e fazendo com que isso não influencie no meu jogo, no dia a dia. Sei que no momento certo os gols vão sair, e quando sair vai sair um atrás do outro”, planeja.