O Paysandu venceu a Ferroviária-SP por 2 a 1, na noite desta segunda-feira (30), no Estádio da Curuzu, em Belém, e deixou a lanterna da Série B do Campeonato Brasileiro. A partida foi bastante disputada e tensa, e o time paraense conquistou a virada diante de sua torcida. No entanto, nem tudo correu dentro da normalidade fora das quatro linhas.
O árbitro Jefferson Ferreira de Moraes (AB/GO) relatou em súmula uma série de ocorrências que podem resultar em punições ao clube e a membros da diretoria. Segundo o documento, o executivo de futebol do Paysandu, o ex-jogador Carlos Frontini, invadiu o gramado durante o intervalo e se dirigiu à equipe de arbitragem de forma exaltada, contestando as decisões da partida.
O árbitro transcreveu as palavras do dirigente:
“Porra, Jefferson! Você está segurando o jogo, não tá deixando a gente jogar. Deixou de dar três cartões para o adversário.”
O juiz ainda relatou:
“Nesse momento, solicitei ao mesmo que se retirasse do campo de jogo, pois estava impedindo que a equipe de arbitragem deixasse o gramado. Ele continuou reclamando até ser retirado pelo preparador físico da sua equipe.”
Além disso, a súmula também registra um episódio ocorrido durante o intervalo:
“Pessoas não identificadas bateram de forma contínua na porta do vestiário da arbitragem, pelo lado de fora, em tom de ameaça.”
Possíveis Punições ao Paysandu
Diante dos relatos, o Paysandu pode ser punido com perda de mando de campo, com base no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata da responsabilidade do clube por desordens e invasões. A pena varia de multa a até 10 partidas com portões fechados ou em local neutro.
Já Carlos Frontini corre o risco de ser suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), caso a Procuradoria apresente denúncia. A suspensão pode variar de 15 a 180 dias, dependendo da gravidade interpretada pelo tribunal.