
Quase três dias após o clássico contra o Remo, válido pelo primeiro jogo da final do Campeonato Paraense 2025, o Paysandu publicou uma nota oficial criticando a atuação do árbitro Anderson Daronco. Segundo o clube bicolor, o juiz deixou de expulsar o meia Pavani, do Leão, após este cometer um pênalti no atacante Benítez.
A manifestação do clube foi motivada pela divulgação, pela Federação Paraense de Futebol (FPF), de gravações em áudio e vídeo do VAR. No material, Daronco inicialmente sinaliza que aplicaria o segundo cartão amarelo ao camisa 7 do Remo, o que resultaria em sua expulsão. No entanto, a equipe de arbitragem de vídeo teria interferido indevidamente na decisão, recomendando que o segundo cartão não fosse aplicado. Com isso, o Remo permaneceu com 11 jogadores até o fim da partida.
Posicionamento do Paysandu
O Paysandu destaca que, conforme o Manual de Implementação do VAR e a Regra nº 5 das competições oficiais, não é permitida a interferência do árbitro de vídeo em decisões relacionadas à aplicação de cartões amarelos, mesmo que o segundo cartão implique em expulsão. Para o clube, a intervenção caracteriza um “erro de direito”, o que poderia justificar a impugnação da partida com base nos artigos 84 e 85 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
Apesar disso, o clube decidiu não recorrer judicialmente, afirmando confiar na própria equipe e respeitar o resultado de campo. A medida também busca evitar consequências jurídicas que possam comprometer o andamento do campeonato.
Por fim, o Paysandu informou que já apresentou reclamações formais à Comissão de Arbitragem da FPF e da CBF, cobrando providências para impedir futuras interferências indevidas do VAR.