Matheus Miranda
A temporada de 2023 do Clube do Remo tem sido marcada por recomeços. Depois de um ciclo no futebol sem sucesso no ano passado, a diretoria de futebol destacou reciclagem e investimento para que o percurso trilhado para este ano fosse de êxito, algo que tem demonstrado acerto neste começo de calendário futebolístico atual.
Um pilar responsável pelo sucesso do Leão Azul é um profissional que fica à beira do gramado: o treinador Marcelo Cabo, principal nome do futebol profissional azul-marinho. Com um currículo expressivo no cenário nacional e experiência internacional e rodagem, também, em seleções, o comandante também aponta o Mais Querido como uma via de redenção em sua jornada profissional.
Depois de um 2022 sem tanto glamour na função, o técnico aparentemente se reencontrou na equipe paraense ao ostentar números impecáveis. Sem contar com a definição da sexta rodada do Campeonato Paraense, em jogo disputado na noite de ontem (11) contra o Tapajós, sob o seu comando, os azulinos ostentam o melhor começo de calendário desde 1989, com oito triunfos enfileirados de forma seguida, em três competições diferentes (Parazão, Copa Verde e Copa do Brasil).
Duas delas expressivas em todos os aspectos que foram as conquistadas pela Copa do Brasil, sobre o Vitória-ES e São Luiz-RS, que permitiu ao cofre da agremiação receber quase R$ 4 milhões de premiação da CBF pela boa condução e classificação.
Dono de uma campanha impecável e com 100% de aproveitamento (até o fechamento desta edição), algo até então único dentre as equipes que vão disputar as Séries A, B e C do Campeonato Brasileiro, Marcelo Cabo fez uma avaliação profunda nesse seu começo de relacionamento com o Remo.
AGRADECIDO
O próprio treinador destacou a importância do time paraense na sua trajetória depois de episódios ruins recentes na carreira. Desse modo, Cabo avaliou.
“No ano de 2021 eu tive muita tristeza no futebol a ponto de pensar na sequência da minha carreira. Tive duas desilusões que foram muito difíceis, que me entristeceram o coração. Quando recebi o convite do Remo, em dirigir um clube no Norte do país onde nunca tinha trabalhado, a gente tinha a convicção de que vinha ao lugar certo. Hoje o Clube do Remo me deu a alegria de trabalhar de novo, de fazer futebol. A gente para, repensa. São 23 anos de carreira. Comecei em 1999 no sub-13 do Olaria-RJ. Uma estrada de alegria, tristeza, vitória, derrota. Eles me deram a alegria de acordar cedo e projetar. Agradecer ao presidente, diretoria, minha torcida. Não estou falando isso pela sequência de 100%, quando estava com 3 empates na pré-temporada o meu discurso seria o mesmo. É confiar na rota e dar sequência”, explicou o treinador.