
O gol que marcou na última sexta-feira, contra o Botafogo-SP, foi apenas o 4º do volante Leandro Vilela, de 29 anos, em duas temporadas no Paysandu. Mas, com toda a certeza, foi o segundo mais importante para o Papão, que ainda não havia vencido na Série B do Brasileiro, disputadas, na época, onze rodadas da competição. Antes, ele havia marcado o gol na conquista da Copa Verde, nas cobranças dos pênaltis.
O tento assinalado pelo jogador, já no finalzinho do jogo, assegurou o triunfo por 1 a 0 sobre o adversário paulista. Na oportunidade, alguns torcedores, atiçados por membros de uma torcida organizada do clube, já ameaçavam fazer um grande protesto pelo empate que se desenhava até os 45 minutos do 2º tempo quando aconteceu o gol redentor.
Ontem, na Curuzu, o volante recordou o lance do gol. “Foi um momento da partida em que os ânimos estavam um pouco nervosos, o clima no estádio já não estava tão favorável. Nós estávamos sendo pressionados pela torcida”, lembrou. “Acho que a gente poderia ter aberto o placar antes. Eu mesmo tive uma chance e desperdicei uma cabeçada dentro da área. Mas deu tudo certo. Foi um momento de grande alívio por ser a nossa primeira vitória”, comentou o meio-campista, afirmando que o gol que marcou trouxe uma nova atmosfera à Curuzu, onde havia muita tensão em razão do jejum de vitórias do time.
Novo Astral e Perspectivas para o Futuro
“Agora há um novo astral, um novo ambiente. Há um grande alívio. Não é fácil entrar em campo sabendo que são vários jogos sem vencer. Isso dá uma carga negativa muito grande, mas a gente conseguiu. Agora é se pegar nessa confiança para que a gente consiga fazer uma boa semana de treino e fazer um bom jogo (Re-Pa) no próximo sábado”, disse. Vilela revelou que chegou mesmo, conforme foi noticiado, a receber algumas propostas para trocar de clube. “É normal quando um atleta está desempenhando um bom papel dentro da temporada que ele receba sondagens e propostas de outras equipes. Comigo não foi diferente. Tanto na 1ª como na 2ª ‘janela’ de transferências eu recebi propostas”, contou.
O volante informou que os valores que lhe foram ofertados eram superiores ao salário que ele recebe no Paysandu. “Mas quero deixar claro que o Paysandu fez um esforço muito grande para que permanecesse. A gente conseguiu alinhar, digamos assim, algumas brechas que precisavam ser alinhadas. Foi uma conversa muito positiva que tive com a diretoria. Cogitou-se até em mais um ano de contrato e eu aceitei. Isso agora está nas mãos da diretoria”, afirmou o jogador, que imagina que poderá voltar a ser procurado por outros clubes na “janela” de transferência que acontecerá de 10 de julho a 2 de setembro. “Tendo esse mesmo desempenho acredito que vá acontecer”, previu o meio-campista, que recebeu um bom aumento salarial.