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Após derrota do Remo, técnico solta o verbo: “Vou defender meus jogadores até a morte”

Cansado e desfalcado, Leão Azul perde por 2 a 0 para a Ferroviária-SP no Mangueirão; técnico e jogadores apontam desgaste físico como fator determinante

Cansado e desfalcado, Leão Azul perde por 2 a 0 para a Ferroviária-SP no Mangueirão; técnico e jogadores apontam desgaste físico como fator determinante
Cansado e desfalcado, Leão Azul perde por 2 a 0 para a Ferroviária-SP no Mangueirão; técnico e jogadores apontam desgaste físico como fator determinante. Foto: Samara Miranda/Ascom Remo

Em uma noite em que nada deu certo, o Clube do Remo perdeu por 2 a 0 da Ferroviária-SP, em pleno Mangueirão. O revés desta nesta sexta-feira, primeiro de agosto, foi apenas a segunda derrota do Leão Azul jogando como mandante nesta Série B do Campeonato Brasileiro, a primeira para um clube de fora. Antes, havia pedido o clássico Re-Pa. Ronaldo, no primeiro tempo, e Juninho, no segundo, marcaram os gols da Locomotiva. O time paraense começou a 20ª rodada em quinto lugar, posição que pode ser perdida com o complemento das partidas neste fim de semana. O Remo só voltará a campo no próximo sábado, dia 9, contra o América-MG, na Arena Independência.

No confronto contra o Coelho, em Belo Horizonte (MG), o time azulino não contará com o atacante Pedro Rocha. Artilheiro da Segundona com dez gols, o jogador recebeu cartão vermelho ainda aos 15 minutos da etapa final do jogo contra a equipe do interior paulista. Em contrapartida, o meia Régis volta a ficar à disposição depois de, justamente, cumprir suspensão automática. Com mais de uma semana até essa partida, é possível até que os novos reforços uruguaios fiquem à disposição, casos do meia-atacante Diego Hernández, que ainda busca a melhor forma física, e o atacante Nico Ferreira, que deve ser apresentado nos próximos dias.

O desempenho apático, com um time sem forças, teve uma justificativa na ponta da língua. Depois de jogar na terça-feira em Goiânia (GO), ter uma viagem desgastante de volta e entrar em campo já na sexta-feira, o desgaste físico teve um custo muito alto. “Não é desculpa, mas foi um jogo um pouco diferente, mas a gente tinha que ganhar, não tem nada para falar”, observou o volante Cantillo. “Não adianta ficar justificando, temos que levantar a cabeça, saber que fizemos de bom e o que erramos”, completou o lateral-esquerdo Sávio.

O técnico António Oliveira lembrou que, ainda na capital goiana, alertou sobre essa possibilidade de uma queda de rendimento diante de três dias sem treinos e sem descanso. “Só fica surpreso quem eventualmente não ouviu aquilo que eu falei no final do jogo do Goiás-GO. Primeiro eu tenho que ser grato aos meus jogadores, que fizeram um esforço sobre-humano para poder estar em campo, porque faz parte e nós temos que cumprir o calendário e a agenda que é estabelecida. Mas eu já tinha dito que com 60 horas é natural que os jogadores não estejam totalmente recuperados”, disse. “Foi um jogo extremamente desafiante sob o ponto de vista físico e emocional. Porque isto não é só o cansaço físico, há o cansaço emocional. Eu vou defender os meus jogadores até a morte. Mesmo se tivéssemos ganhado ou empatado, eu viria aqui e diria a mesma coisa. Portanto, não há verdade esportiva na competição, não há qualidade no jogo”, completou.

Estratégias e Justificativas do Técnico

Oliveira comentou mais de uma vez sobre a estratégia para tentar sobrepor essa dificuldade física, que era abrir o placar logo no começo do jogo. Mas, no fim o Remo se mostrou sem forças do começo ao fim. “Aceito a crítica, ela faz parte, mas os meus jogadores, hoje, eu estou muito orgulhoso deles, mais uma vez, pois deram tudo em campo, dentro das possibilidades que tinham. Não conseguimos fazer o gol que nos possibilitaria estar em vantagem e gerir o jogo de uma forma que nós esperávamos sob o ponto de vista estratégico”.