Tylon Maués
A Série B de 2024 começou nesta sexta-feira, 19, com três partidas. Mas, para os paraenses, ela inicia de fato um dia depois, neste sábado (20), quando o Paysandu estreia na competição. O Papão volta à segunda divisão nacional justamente diante daquele que é, de fato, o maior candidato ao título, o Santos-SP.
Bicampeão da Segundona (1991 e 2001), o Papão tem muita tradição na competição, mas vem de alguns anos na Série C e conseguiu o acesso apenas na temporada passada. Pela ordem natural das coisas, a disputa da equipe bicolor será para se manter na segunda divisão, de preferência na parte de cima da classificação. Qualquer coisa além disso será surpreendente diante do investimento possível do clube paraense. No entanto, menos do que isso, como uma luta contra o rebaixamento, seria frustante diante do potencial da equipe comandada por Helio dos Anjos.
Além do Santos, a Segundona desse ano conta com outros clubes que vivem numa gangorra nos últimos anos, com participações na elite do futebol nacional. Casos de América-MG, Goiás-GO, Ceará-CE e Coritiba-PR. Serão 20 clubes de dez estados do Brasil, num formato de disputa já bastante conhecido, com jogos de ida e volta e todos os times se enfrentando duas vezes, com o campeão, os que conseguirem o acesso e os rebaixados sendo conhecidos ao fim de 38 rodadas.
Por mais que na Série B a diferença de investimentos seja grande, com o Paysandu estando na metade de baixo das finanças, a segunda divisão significa para o Papão um salto significativo na arrecadação. Só de cota, o clube paraense deve ficar com mais de R$ 8,5 milhões em valores líquidos, num montante bruto de R$ 9,5 milhões. Sem falar na melhoria nos contratos de patrocínio que a exposição maior da Segundona traz.
TERCEIRONA
Quando o Clube do Remo entrar em campo neste sábado (20), no Baenão, contra o Volta Redonda-RJ, ele terá toda a atenção da torcida paraense na Série C. Único representante local da competição, ele terá torcida a favor e contra na busca pelo acesso. Para a competição, o Leão Azul já se reforçou, mandou jogadores em oração e estava novamente em um ciclo de contratações. Se no começo da temporada o time azulino, pela montagem do elenco e manutenção de um trabalho vindo do ano anterior, era visto como potencial candidato a subir para a Série B, essa condição já não é a mesma. Pelo tamanho, tradição e a força estupenda vinda da arquibancada o Remo é visto com respeito como um concorrente de peso, mas vai precisar mostrar isso em campo.
A Terceirona continua com o mesmo formato de disputa que vem desde 2022. A primeira fase será turno único, com todos os 20 times se enfrentando em 19 rodadas. Alguns clubes jogam dez partidas em casa, enquanto outros fazem nove jogos em seus domínios. Esse é um dos maiores prejuízos que o Leão terá que contornar por causa da campanha ruim do ano passado. Por terminado a Série C de 2023 fora do grupo dos dez primeiros colocados, terá que agora fazer apenas nove jogos em Belém e outros dez como visitante.
Assim como das outras vezes, os quatro times que somarem menos pontos são rebaixados e os oito melhores da primeira fase avançam para a fase seguinte, dividida em dois quadrangulares. Após seis rodadas em cada grupo. Os dois primeiros colocados de cada lado sobem automaticamente para a segunda divisão do ano seguinte. O líder de cada grupo garante vaga na final, que será disputada em dois jogos.
Recentemente a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou as cotas de participação para cada clube da Série B e os valores por fase. Cada um dos 20 clubes receberá R$ 1,2 milhão pela participação da primeira fase, um aumento de quase 50% em relação ao ano passado. Para a segunda fase, com menos jogos, os clubes devem receber pouco mais de R$ 300 mil.