Assim como foi na semana passada, a segunda-feira (30) traz para a torcida azulina a expectativa de anúncio de reforços. As falas recentes do técnico Rodrigo Santana, em entrevista coletiva dois dias atrás, deixou claro qual a principal carência do elenco atualmente, a lateral-esquerda, e que o Clube do Remo ainda não desistiu de trazer o veterano centroavante Alan Kardec. O treinador azulino revelou que teve conversas com o jogador de 35 anos, que recentemente despediu-se do Atlético-MG, que passou informações sobre o clube, a estrutura e a cidade, mas admitindo que a missão não é fácil, em face de outras agremiações mostrarem interesse pelo atacante, inclusive da primeira divisão.
“O Kardec encaixa como encaixa em qualquer time da Série A. É um excelente jogador, tem experiência e tem um espírito de liderança muito grande. A gente sabe que a concorrência é muito grande. E a primeira pergunta que eles fazem é como é a escola para os filhos, como é a estrutura da cidade”, disse Santana.
“Conversei com o próprio Alan. Ele saiu de um contrato grande agora, três anos no clube. Está ouvindo outras propostas, mas não fechou as portas para a gente. Infelizmente aconteceu aquela situação do assalto da mudança dele, ele também está fazendo seus cursos lá e está ouvindo propostas. É um cara gentil, educado, sempre vai ter proposta para ele e vai vencer a melhor, quem conseguir apresentar o melhor projeto”.
SONDAGENS
De acordo com o comandante remista, em todas as conversas que têm com possíveis reforços, todas as pessoas com quem conversa têm interesse em conhecer sobre o clube, da história, da torcida, e que dificilmente os dirigentes tomam um não de cara. “Todos escutam a gente com bastante carinho e com respeito. Está todo mundo bastante curioso também por ouvir nossas propostas. Geralmente eu sempre gosto de conversar com o jogador, de ligar quando a diretoria já adiantou uma conversa, já fez uma proposta. Eu gosto de saber, de entender qual o momento dele, o que ele pensa. Eu não quero jogador aqui que só pense no contrato, eu quero quem que pense num projeto, que venha aqui para ganhar títulos, que venha aqui para competir”.
Rodrigo Santana completou afirmando que pode ser decisivo esse contato mais estreito do treinador com o atleta. “Eu sempre procuro participar. É importante o treinador conversar porque muitas das vezes o jogador pergunta de escola, da cidade, clima, torcida, mas muitos também precisam saber do sistema de jogo. Interessa a eles entender qual o sistema de jogo que a gente joga, a forma que a gente propõe. Todos os jogadores que a gente vai buscar são jogadores que eu já consigo enxergar dentro do nosso sistema de jogo. Também preciso entender qual o momento do jogador, se ele ainda está com fome, quer vencer”.