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Quem fica na Curuzu precisa dar uma satisfação à torcida na Copa Verde

O elenco que o Paysandu terá no final deste mês, na estreia da Copa Verde 2022 diante do vencedor da partida entre Humaitá-AC e Náutico-RR, será bem menor do que o que esteve em ação na Série C do Brasileiro. Ontem, Igor Carvalho, mais um jogador que havia acertado a permanência, decidiu ir embora. Quem ficou, ganha uma responsabilidade a mais para tentar com que o Papão conquiste pelo menos um título em 2022.

O meia João Vieira, que com a camisa bicolor atuou sempre como segundo volante, sabe da responsabilidade deste fim de temporada, inclusive para sua permanência no clube. O jogador é claro ao afirmar que quer ficar na Curuzu, mas que só deve tratar após o fim da participação do Paysandu no torneio regional.

“Agora eu tô focando apenas na Copa Verde. Eu encaro minha carreira por etapas e por isso o foco é no torneio. Lógico que eu tenho vontade de ficar aqui, pelo tempo que passei e pelo o que eu vivi aqui”, disse. “Além disso, sinto que tenho uma obrigação com essa torcida, de colocar o clube de volta na Série B. Apesar disso, não vou pensar nessa questão agora. Temos tempo para pensar sobre isso depois. Meu objetivo é focar na Copa Verde e tentar triunfar na competição”, completou o meia.

João destaca que a volta aos treinos mostrou um elenco forte no trabalho e feliz em busca de uma conquista. “Tivemos um tempo de descanso, que é importante, e agora os treinos têm sido muito fortes com esse foco total na Copa Verde. Ficamos com a sensação que poderíamos ter feito bem mais na Série C”, afirmou, deixando claro que o Paysandu entra na Copa Verde com a obrigação de disputar o título. “Não importa se vamos enfrentar clubes de menor nome. Eles vão querer vencer e o Paysandu e nós temos que defender uma instituição forte e nos impormos em casa”.

A desclassificação da Série C, da forma como aconteceu, ainda é algo discutido entre os jogadores. Para João Vieira, o Papão sempre se mostrou um dos melhores times tecnicamente, com a bola nos pés, mas talvez tenha faltado um algo a mais para conquistar o acesso. “É difícil achar palavras para o que aconteceu. Mas, talvez, tenha faltado pra gente competitividade, jogo brigado. Tecnicamente a gente sempre se sobressaiu. Acho que foi um ponto negativo e temos que melhorar isso pra Copa Verde. Temos que ser mais brigadores, para no final do torneio não acharmos que isso fez falta”.

Repetir o que foi feito de certo e arrumar o errado é um começo não só para a Copa Verde como para 2023, tudo para acertar melhor o time e trazer de volta a Fiel para seu lado. “Temos que pegar o que de bom que aconteceu para repeti-los e aperfeiçoar onde erramos. A gente espera esse título na temporada. O torcedor fez a parte dele e é normal que esteja chateado. Nós também estamos e vamos em busca dessa Copa Verde”.

Texto: Tylon Maués