GERSON NOGUEIRA

A primeira taça é do Papão

Descubra como o PSC garantiu a vitória e a conquista da Super Copa Grão Pará com dois belos gols de Nicolas.

 Foto: Wagner Almeida / Diário do Pará.
Foto: Wagner Almeida / Diário do Pará.

O jogo estava tedioso no 1º tempo. O PSC atacava e forçava mais, porém não criava chances claras. Deu apenas um chute mais perigoso, com Marcelinho. Veio a etapa final e a condução do jogo melhorou, a bola passou a rondar a área tunante, até que o placar finalmente foi movimentado. Dois bonitos gols de Nicolas, importantes para a redenção do artilheiro, após uma Série B sofrível. Um placar suficiente para garantir a vitória e a conquista da Super Copa Grão Pará.

A Lusa fez o que podia. Atacou quando teve oportunidade, mas buscou a estratégia do contra-ataque, através de Lukinhas e Gabriel Furtado. A dispersão entre os setores dificultou uma ação mais efetiva e rápida. Quando saía de seu campo, perdia um tempo excessivo na busca pelos jogadores mais avançados. E, quando chegava, o passe nem sempre era certeiro.

No Papão, as estreias mais marcantes foram as de Giovani e Marcelinho, que agradou o torcedor pela agressividade. Na etapa final, trocou de posição com Borasi, passando a atacar pela direita. O argentino, por sinal, teve papel mais destacado nos primeiros 20 minutos do 2º tempo, superando a marcação e cruzando bolas perigosas na área.

Os bicolores predominaram nesse momento do clássico, com Marcelinho, que perdeu uma boa chance, e Nicolas e Juninho (que substituiu Giovani). Em meio a isso, a Tuna encaixou uma boa arrancada pela esquerda, com Gabriel Furtado levando a melhor sobre a marcação e acertando um chute rasteiro no poste direito do gol de Iago Hass.

Depois, Nicolas se encarregou de transformar o domínio em gols. O primeiro foi de cabeça, aos 27 minutos, testando para as redes um cruzamento perfeito de Bryan. Minutos depois, em resposta a uma crescente pressão da Tuna pelo empate, o camisa 11 finalizou com categoria, aproveitando uma bola que desviou na barreira em cobrança de falta. 

No fim das contas, deu a lógica. O PSC é o time de maior investimento, com um elenco de Série B reforçado por novas peças. A Tuna enfrenta dificuldades para construir um novo elenco, misturando apostas e jogadores experientes, como Marlon e Dedé.

Apesar do nível técnico ainda sofrível, com excesso de passes errados e jogadas sem inspiração, o jogo agradou pela movimentação dos times e pelo equilíbrio visto nos primeiros 45 minutos.

As atuações não podem ser tomadas como referência para o Campeonato Paraense, que começa no próximo fim de semana, mas valeu como prévia. Os times devem evoluir muito nas próximas semanas, com maior entrosamento e entrada em cena de novos atletas.   

O público de 12 mil espectadores ficou aquém do esperado, se for levado em conta a projeção inicial do PSC, que esperava algo acima de 35 mil espectadores. Nem tinha como considerar um público tão expressivo para uma disputa sem maior relevância – e com ingressos a R$ 50,00 (arquibancada). O formato da Super Copa e os preços dos ingressos devem ser revistos para o ano que vem.  

Troféu Camisa 13/33 promove festa de lançamento

Gandur Zaire Filho convida para a festa de lançamento do Troféu Camisa 13/33ª edição, no próximo dia 21 de janeiro, às 19h. O evento será no auditório Albano Franco, da Fiepa, na travessa Quintino Bocaiúva.

A mais tradicional e democrática premiação do esporte paraense vai outra vez consagrar os melhores da temporada, a partir da votação popular.

A despedida de Almada, o craque silencioso

Na série de penalidades contra o São Paulo, valendo classificação na Libertadores, a cobrança magistral do meia argentino Tiago Almada foi decisiva para a definição daquele jogo – e para os destinos do Botafogo. Um jogador do nível dele não viria parar por aqui se não houvesse uma predestinação.

Quis o destino que o Botafogo buscasse pelo craque e ele aceitou o desafio de conduzir, quase em silêncio, o time de Artur Jorge à conquista de dois títulos, os mais importantes da história alvinegra.

Caso Almada tivesse desperdiçado aquele pênalti, o São Paulo seguiria na Libertadores após um jogo absolutamente igual – embora o Botafogo tivesse sido dominante na partida de ida. 

Almada brilharia nas semifinais contra o Peñarol e no confronto histórico com o Atlético-MG no Monumental, em Buenos Aires. Foi o artífice do gol inicial, de Luiz Henrique, e com a perda de um jogador (Gregore) virou volante de marcação!

A curta e fulgurante passagem dele pelo Botafogo chegou ao fim e, nesta semana, ele se despediu carinhosamente do torcedor, admitindo que foi um dos momentos mais felizes de sua carreira.

O craque silencioso permaneceu por seis meses honrando a gloriosa camisa, ganhou dois títulos imensos e vai agora viver seu sonho na Europa.

Uma pena que não esteja mais no Glorioso quando ocorrer a decisão da Super Copa em Belém, no próximo dia 2 de fevereiro.