PREOCUPANTE

Vacina contra Covid-19 está em falta nos postos de saúde de Belém

Falta de vacinas contra a Covid-19 em Belém preocupa. Conheça os impactos dessa escassez e as soluções adotadas.

Belém está passando por um sério desabastecimento de vacinas contra a Covid-19, afetando todos os públicos.
Belém está passando por um sério desabastecimento de vacinas contra a Covid-19, afetando todos os públicos.. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará.

Belém está passando por um sério desabastecimento de vacinas contra a Covid-19, afetando todos os públicos. A falta de imunizantes é atribuída a dificuldades na aquisição das doses pelo Ministério da Saúde, responsável pelo envio das vacinas. Além da Covid-19, outras vacinas também estão em falta nos postos de saúde da capital.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informou que, além da vacina contra a Covid-19, estão em falta as vacinas contra varicela e meningite C. Para contornar essa situação, a vacina contra varicela está sendo substituída pela vacina tetraviral, que imuniza contra varicela (catapora), sarampo, caxumba e rubéola. A vacina meningo C, por sua vez, está sendo trocada pela meningo ACWY, que protege contra doenças como meningite meningocócica e meningococcemia.

A Sesma ressaltou que já fez a solicitação de novas remessas ao Ministério da Saúde, mas não há previsão de recebimento das vacinas contra a Covid-19.

Esse cenário é alarmante, considerando que o Brasil ainda registra cerca de 5 mil mortes anuais por Covid-19, com a doença e suas variantes ainda em circulação. Embora a situação tenha melhorado em relação aos picos de 2020 e 2021, a escassez de vacinas é uma preocupação crescente.

Crise Nacional

Um estudo recente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revelou que seis em cada dez cidades brasileiras enfrentam falta de vacinas, especialmente as destinadas a crianças. A pesquisa, realizada entre 2 e 11 de setembro com 2.415 municípios, foi corroborada por uma nota técnica do Ministério da Saúde, que reconheceu a insuficiência de vacinas na rede pública.

A nota do ministério destacou que os problemas estão ligados à fabricação, logística e demanda. O Ministério da Saúde está buscando alternativas de aquisição, principalmente por meio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), mas algumas vacinas só têm previsão de regularização para 2025. Enquanto isso, a situação das vacinas contra a febre amarela e a Covid-19 permanece indefinida, com licitações em andamento.

Apesar dos desafios, o Ministério da Saúde prevê a regularização dos estoques de outras vacinas, como tríplice viral, hepatite A, HPV e meningo ACWY, para este mês. A CNM continuará em contato com os gestores municipais para monitorar a situação e reavaliar o cenário.