BELÉM

Um emaranhado que enfeia a cidade de Belém

Postes carregados de fiação estão presentes em diversas partes da capital, causando poluição visual. Outro problema são os furtos desses mesmos cabos, que provocam prejuízo e representam riscos aos transeuntes

Um emaranhado que enfeia a cidade de Belém Um emaranhado que enfeia a cidade de Belém Um emaranhado que enfeia a cidade de Belém Um emaranhado que enfeia a cidade de Belém
Fiação excessiva tem sido um problema, não só por agredir a estética da cidade, mas por também ser alvo de vandalismo
Belém está tomada de por cabos pendurados, seja por que foram cortados ou seja pelo acúmulo nos postes. São cabos de telefonia fixa, móvel, da companhia de energia, da TV cabo e outros, todos emaranhados e desordenados. Fato é que esse material virou alvo constante de vândalos que roubam fios de cobre e a consequência é o cabo pendurado até a interrupção de algum dos serviços das empresas à população, além de ser um risco para os pedestres nas calçadas também traz a questão estética e até de poluição visual. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Entrelaçados, pendurados ou mesmo caídos no chão, diversos fios de postes da cidade compõem um cenário poluído em várias áreas de Belém. Além de causar um impacto visual, o excesso de fiação traz riscos à segurança e à circulação de motoristas e pedestres. Para resolver essa situação, é imprescindível implementar um trabalho de fiscalização e notificações que envolve diferentes órgãos e empresas.

A maior parte dos fios instalados nos postes pertence a empresas de telecomunicações, como as de telefonia e internet. Elas utilizam o espaço nos postes da distribuidora de energia elétrica, neste caso, a Equatorial Energia, que opera na capital paraense.

A equipe de reportagem esteve ontem na Avenida Presidente Vargas, no bairro da Campina, e se deparou com ruas tomadas de fiações. Os pedestres que conversaram com a reportagem relataram que uma das maiores preocupações é o perigo de tropeçar em fios soltos ou até mesmo sofrer choques elétricos, caso estejam energizados.

“Foi uma situação terrível, furtaram os fios daqui de perto do meu carrinho, dando um prejuízo para o pessoal do entorno”.
Júlio Magno – Comerciante. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

O comerciante Júlio Magno, de 60 anos, é uma das pessoas que compartilhou sua insatisfação. Ele relata que frequentemente encontra fios soltos pelo chão. Ao percorrer a calçada da Rua Santo Antônio, no centro comercial de Belém, é necessário desviar de um longo cabo estendido. “Você nunca sabe se (o cabo) está energizado ou não, se corre o risco de choques. Isso pode ser fatal. No meu caso, também posso tropeçar, cair e acabar machucando algo, considerando que tenho uma idade. É uma situação preocupante e infelizmente muito comum na cidade”, desabafa.

Furto

Ele acrescenta que o furto de cabos elétricos tem se tornado cada vez mais comum na região. “Logo que mudaram a fiação, os fios estavam todos espalhados pelo chão; agora está um pouco melhor. Foi uma situação terrível, furtaram os fios daqui de perto do meu carrinho, dando um prejuízo para o pessoal do entorno”, comentou. A autônoma Ana Rosa, de 50 anos, atua na venda de alimentos e relata que, ao realizar compras no comércio, frequentemente se depara com fios baixos que podem alcançar as pessoas em certos locais. Ela transitava pela rua Osvaldo Cruz, próximo à Praça da República, onde os fios emaranhados estão com a fiação baixa. “Tem quem consiga desviar dos cabos, mas há idosos que se movem mais devagar e também crianças. Isso realmente nos deixa apreensivos”, desabafa.

Nota

A Equatorial Pará informa que as ações de instalação, manutenção e retirada dos cabos de empresas de telecomunicação (internet, TV à cabo, fibra óptica e telefonia fixa), que compartilham o uso dos postes, são de responsabilidade das mesmas. Nestes casos, a distribuidora de energia, quando identifica alguma irregularidade técnica, realiza a notificação das empresas responsáveis para que elas executem o serviço.

Trayce Melo

Repórter

Jornalista com experiência em redação, planejamento de estratégias e produção de conteúdo digital. Escreveu uma série de materiais independentes para o Portal Leia Já. Também atuou como social media na Secretaria de Estado de Turismo do Pará e como assessora de comunicação na Prefeitura de São Sebastião da Boa Vista, no Marajó. Além disso, atuou como analista de marketing na Enter Agência Digital. Recebeu o prêmio Internacional Premium Cop 30 Amazônia, concedido pelo ICDAM. Atualmente, é repórter do Jornal Diário do Pará.

Jornalista com experiência em redação, planejamento de estratégias e produção de conteúdo digital. Escreveu uma série de materiais independentes para o Portal Leia Já. Também atuou como social media na Secretaria de Estado de Turismo do Pará e como assessora de comunicação na Prefeitura de São Sebastião da Boa Vista, no Marajó. Além disso, atuou como analista de marketing na Enter Agência Digital. Recebeu o prêmio Internacional Premium Cop 30 Amazônia, concedido pelo ICDAM. Atualmente, é repórter do Jornal Diário do Pará.